Após
analisar o vídeo da operação da Coordenadoria de Recursos Especiais
(Core) na Favela do Rola, o Comando do Exército confirmou ontem que uma
das armas usadas na ação é uma MAG 7.62, um tipo de metralhadora leve
que a Polícia Civil não está autorizada a usar.
Na
operação da Favela da Coreia, em abril do ano passado, a equipe da
Core também usava uma MAG, que teria sido emprestada pela Polícia
Federal à Polícia Civil. A PF não confirmou isso.
A
análise do Exército, responsável por definir quais armas cada força de
segurança pode usar, desmente a afirmação do subchefe operacional da
Polícia Civil, delegado Fernando Velloso, que disse em entrevista
coletiva na última segunda-feira que não usava uma MAG na ação.
—
Nas imagens a que eu assisti, não havia uma MAG, elas exibiam dois
fuzis 7.62 Nas imagens do jornal, apareciam dois fuzis 7.62 e não uma
MAG. — disse Velloso.
De
acordo com o delegado da Polícia Federal Daniel Gomes Sampaio, que
esteve por 15 anos à frente do Comando de Operações Táticas, a tropa de
elite da PF, não há dúvida de que se trata de uma MAG. Além dela, são
usados ali dois fuzis de assalto leve (FAL), do mesmo calibre. Apenas a
Polícia Federal e as polícias militares são autorizadas.
Segundo
o Exército, o Quadro de Dotação para as Polícias Civis — que regula
quem pode ter que tipo de arma — não autoriza a corporação a usá-la. O
Exército não informou se existe alguma punição pelo uso indevido.
Sampaio
explica que, originalmente, a MAG foi desenvolvida para ser usada em
guerras, devido a seu poder de fogo. O treinamento para usá-la é
fundamental.
—
Ela é para a guerra, por conta de seu poder de fogo. Você tem
condições de manter o fogo por muito tempo, com concentração grande de
tiros, através de rajadas.
Fonte: Jornal Extra
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