domingo, 2 de julho de 2017

Museu Casa do Pontal, no Recreio, é referência turística mundial

Situado na Estr. do Pontal, 3295 - Recreio dos Bandeirantes no Rio de Janeiro, o Museu Casa do Pontal é considerado o maior e mais significativo museu de arte popular do país. Seu acervo - resultado de quarenta anos de pesquisas e viagens por todo país do designer francês Jacques Van de Beuque - é composto por cerca de 8.500 peças de 300 artistas brasileiros, produzidas a partir do século XX. A exposição permanente do Museu reúne, em 1.500 m² de galerias, obras representativas das variadas culturas rurais e urbanas do Brasil. Mostradas tematicamente, abrangem as atividades cotidianas, festivas, imaginárias e religiosas. 

O Museu Casa do Pontal está instalado em um sítio de 5.000 m², no Recreio dos Bandeirantes. Seus amplos jardins foram especialmente desenhados para promover uma perfeita integração entre a vegetação, as galerias do museu e a reserva ecológica que se estende em torno.     


Segundo membros do International Council of Museums (ICOM), associado à Unesco, “O Museu Casa do Pontal não é apenas um museu completo de Arte Popular Brasileira, pode ser considerado como um verdadeiro museu antropológico, único no país a permitir uma visão abrangente da vida e da cultura do homem brasileiro”. 

Em seus 40 anos de atuação, o Museu Casa do Pontal empenhou-se em construir alicerces que permitem que o seu acervo seja socialmente protegido e amplamente usufruído. Foram realizadas mais de 40 exposições parciais do acervo no Brasil e em outros 14 países.

Desde 1996, já atendeu mais de 400 mil pessoas através do seu Programa Social e Educacional, que envolve visitas teatralizadas, exposições itinerantes e formação continuada de educadores e gestores de projetos culturais e sociais. Oferece também programas de atendimento direcionados a turistas nacionais e estrangeiros, como monitoramento e visitas musicais em diferentes idiomas.


MISSÃO

Trabalhar pela memória, reconhecimento e valorização da arte popular brasileira, por meio de atividades de pesquisa, preservação e divulgação ampla de seu acervo, o mais representativo deste gênero no país.

OBRAS: 8.500

ARTISTAS: 300

EXPOSIÇÕES: 40

PESSOAS NO PROGRAMA SOCIAL: 400.000

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Vôce conhece o Projeto Corredor Cultural de Santa Cruz?
Muito nos honra divulgar o Projeto Corredor Cultural de Santa Cruz, onde se destacam as Sete Maravilhas do Bairro de Santa Cruz, de autoria de nosso amigo REINALDO AZEVEDO, renomado militante da Cultura, do Esporte, e da valorização do patrimônio histórico de nossa região. 
O Projeto Corredor Cultural de Santa Cruz, traduz o sentimento das pessoas que amam o bairro de Santa Cruz e querem que seu legado histório se perpetue pelo tempo e se mantenha como valores do patrimônio histórico de nossa nação, de forma que possa até ser explorado no campo turístigo, gerando mais empregos para  nosso povo.
Se vôce ainda não conhece veja abaixo, a lei promulgada pelo então Prefeito EDUARDO PAES, reconhecendo o projeto como de interesse cultural, social e turístico para o Município do Rio de Janeiro.

Zona Oeste possui obra assinada por Oscar Niemyer
Através da Portaria nº 401/GM1, de 8 de Junho de 1999, o então Ministro da Aeronáutica Ten. Av. Brig. Walter Werner Brauer, designou uma Comissão especial para avaliar a oportunidade e a conveniência, e propor a criação de um Memorial para ressaltar a atuação histórica dos feitos do 1º Grupo de Aviação de Caça no Teatro de Operações da Europa durante a II Guerra Mundial. A comissão foi composta pelos Cel. Av. Jorge Cruz de Souza e Mello (Comandante da BASC), Ten. Av.Cel. Paulo Henrique Russo (Comandante do 1º GAvCa) e pelos Veteranos Maj.Brig. Fortunato Câmara de Oliveira, Maj.Brig. Rui Barbosa Moreira Lima, Maj.Brig. José Rebello Meira de Vasconcelos e Cap. Osias Machado da Silva. 

O Monumento Memorial ao 1º Grupo de Aviação de Caça é assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, que fez a doação do seu projeto como colaboração para a realização do Memorial. A idéia de Niemeyer era criar uma forma que lembrasse a trajetória e o impacto das bombas lançadas pelos P-47 do "Senta a Pua". O monumento foi construído em concreto armado, material que permite a moldagem das formas propostas. A pintura acrílica branca tem por finalidade o acentuamento dos volumes, aumentando o contraste entre luz e sombra. Também tem por finalidade proteger o concreto do monumento, já que este não possui revestimento. As marcas dos moldes de madeira que permitiram a moldagem do complexo conjunto de retas e curvas permanecem à vista, como marcos da técnica construtiva utilizada. Na parte interna do Memorial há uma longa placa em alumínio com o nome de todos os integrantes do 1º GAvCa que participaram da Campanha da Itália. A bolacha do "Senta a Pua" está colocada à entrada do monumento (lado esquerdo de quem o vê de frente). O Memorial do 1º GAvCa foi inaugurado em 22 de abril de 2001, dia da Aviação de Caça, em cerimônia realizada na Base Aérea de Santa Cruz, na presença do Ministro da Aeronáutica e diversas autoridades militares. O discurso de inauguração foi feito pelo Brig. Fortunato Câmara de Oliveira, então o mais antigo vetererano vivo do 1º GAvCa, e a fita inaugural foi cortada pelo próprio Oscar Niemeyer. O descerramento da placa foi feito pelo Brig. Fortunato e pela irmã do Ten. Av. John Richardson Cordeiro e Silva, primeiro aviador brasileiro a perder a vida em combate na Itália. 

domingo, 1 de janeiro de 2017

Morro do Mirante, em Santa Cruz. era área de lazer da família imperial

 O Morro do Mirante, ponto mais alto do bairro de Santa Cruz, é uma região utilizada pelos padres jesuítas, que aproveitavam a visão para vigiar os escravos. Depois, a área passou a ser utilizada para lazer do príncipe regente, Dom João VI, e seu filho, Pedro. A tradição passou de pai para filho e o imperador Dom Pedro II foi retratado, junto com a família, no local, pelo pintor belga Benjamin Mary. Na imagem, eles observam a sede da Fazenda Imperial,

 (entrada do Morro do Mirante)
O local pertence a CEDAE e é aberto apenas a visitações agendadas previamente. O acesso é pela Rua Pindaré, s/nº - Santa Cruz.
Fonte Wallace, uma relíquia do Império em Santa Cruz

Reprodução do Catálogo da Exposição "Fontes D'Art - Estátuas e chafarizes franceses no Rio de Janeiro".


Já em 1939, o historiador, geógrafo e jornalista Magalhães Corrêa, no seu livro intitulado “Terra Carioca, Fontes e Chafarizes, publicado pela Imprensa Nacional, escreve sobre a Fonte Wallace de Santa Cruz, que naquela época estava localizada ao lado do então quartel do 2º Regimento de Artilharia, hoje Batalhão de Engenharia de Combate, no mesmo prédio que serviu de capela-residência para os padres da Companhia de Jesus, os jesuítas, e que mais tarde, já na monarquia, seria adaptado para servir como Palácio Real e Imperial. Hoje, a Fonte Wallace está localizada na Praça Dom Romualdo, nas proximidades da igreja matriz da Paróquia de Santa Cruz e da 19ª Administração Regional do bairro.


Fonte Wallace na Praça Dom Romualdo, ao fundo, lado esquerdo, vista lateral da igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição, de Santa Cruz.


Em 1995, a Fonte Wallace de Santa Cruz voltou a ser noticiada, por conta da exposição “Estátuas e chafarizes franceses no Rio de Janeiro”, realizada de 20 de junho a 30 de julho daquele ano, na Casa França-Brasil. No catálogo da exposição há texto e foto de João Poppe, às páginas 67 e 68. Cinco anos depois, em agosto de 2000, é publicado o livro “Fontes D’Art chafarizes e esculturas francesas do Rio de Janeiro”, de autoria de Elisabeth Robert-Dehault, Eulália Junqueira e Antonio Bulhões, com fotografias de Pedro Oswaldo Cruz e Cristina Oswaldo Cruz e tradução de Francis Wuillaume.


Fonte Wallace de Santa Cruz, desenho a bico de pena, de autoria de Magalhães Corrêa.

Magalhães
Corrêa cita outras fontes localizadas em diversos bairros do Rio de Janeiro, e a Fundação Parques e Jardins, para a exposição de 1995, relacionou todas as fontes, chafarizes e estátuas das fundições do Val D’Osne em nossa cidade, incluindo desde o Centro até o Alto da Boa Vista, passando pelo Catete, Flamengo, Glória, Laranjeiras, Botafogo, Humaitá, Praia Vermelha, Jardim Botânico, Gávea, Rio Comprido, São Cristóvão, Tijuca, Jacarepaguá e, é claro, a Fonte Wallace de Santa Cruz. As fontes foram doadas para alguns países, incluindo o Brasil, por Sir Charles Wallace, filantropo e colecionador de artes inglês, em 1872, que vivia na França.



Retrato do Sir Charles Wallace, filantropo inglês que fez a doação das fontes para alguns países, incluíndo o Brasil.


A partir da sua coleção de obras de arte, foi criado um museu com sede em Londres, tornando o colecionador uma figura popular, tanto na Inglaterra como na França, onde viveu a maior parte da sua vida e onde foi sepultado. Como Santa Cruz fora transformada, a partir do século XIX, em Fazenda Real, de propriedade e residência rural da nobreza monárquica, esse deve ter sido o motivo para a instalação da Fonte Wallace, que servia como ponto de abastecimento d’água potável para os moradores locais. Tendo sido restaurada pela Fundação Parques e Jardins da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, a Fonte Wallace de Santa Cruz é também considerada um atrativo turístico, conforme aparece no totem existente na Praça Dom Romualdo, com texto em inglês e português. No texto do catálogo da exposição de 1995, a Fonte Wallace de Santa Cruz é citada como “relíquia do Império, quando a área era prestigiada por grandes propriedades”. “As fontes que apareceram em Paris em 1872, - continua o texto do catálogo – as primeiras com água potável, foram denominadas Wallace, por terem sido oferecidas ao povo pelo filantropo inglês Sir Richard Wallace. Até hoje, permanecem em praças e jardins de todo o mundo e suas linhas são admiradas, especialmente pela harmonia de quatro cariátides colocadas na sua base, a Bondade, a Caridade, a Sobriedade e a Simplicidade, mas majestosas na forma, deram fama ao escultor Lebourg.”

Detalhe da Fonte Wallace, as quatro cariátides


Pela sua importância histórica e também em razão da sua beleza artística, a Fonte Wallace de Santa Cruz tem sido bastante fotografada e motivo de reportagens, além de ser local prioritário de visitação para todos que chegam ao bairro com interesse de conhecer o seu patrimônio histórico. Na década de 1970, a Fonte Wallace e a Praça Dom Romualdo, onde ela está localizada, foram motivos fotográficos para a capa de uma das edições da revista “Domingo”, do Jornal do Brasil, em matéria assinada pela jornalista Ana Maria Bahiana. Na coleção de postais “Olhos de Ver Santa Cruz”, edição de 1996, do Departamento Geral de Patrimônio Cultural da Prefeitura do Rio de Janeiro, a Fonte Wallace aparece fotografada na capa, em trabalho da professora Cristine Tenuto, atual diretora adjunta da Escola Municipal Fernando de Azevedo.



Também há fotos da fonte no Guia Turístico Rio Zona Oeste, publicação da Secretaria Municipal de Turismo e da RioTur, entre outras. Todos estão convidados para conhecerem a Fonte Wallace de Santa Cruz e outros pontos históricos do bairro, como a Ponte dos Jesuítas, o Hangar dos Zeppelins, o Morro do Mirante, o Centro Cultural Dr. Antonio Nicolau Jorge, a antiga residência do senador Júlio Cesário de Melo, as ruínas do antigo Matadouro Público com a sua Vila Operária, o Marco da Fazenda Imperial e o antigo Palácio Real de Santa Cruz.

Sinvaldo do Nascimento Souza
Solar dos Araújos embelezando o centro de Santa Cruz
  "Solar dos Araújos - Chama-se solar à casa onde uma linhagem da nobreza teve o seu início como tal. Resulta assim que a maioria dos solares portugueses são medievais e em geral são identificados pelo nome da família a que deram origem. Por exemplo, o paço dos duques de Bragança, em Guimarães, é o solar desta família, iniciada por D. Afonso, filho bastardo de D. João I. Por desconhecimento, sobretudo desde o século XX que a palavra solar passou também a ser empregue para significar uma casa antiga e nobre, em geral, o que é inexato. Datado de 1895, o solar dos Araújos foi tombado pela Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, enriquecendo a História Nacional e da Região. Anexo ao Santa Cruz Shopping, Santa Cruz."

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