Policiais filmaram operação na Favela do Rola, em 16 de agosto de 2012
O
servente de pedreiro Ewerton Luís da Cruz Neves, morto aos 23 anos na
operação da Core, estava no lugar errado e na hora errada. Criado na
Favela do Rola, em Santa Cruz, Ewerton morava em Campo Grande, com a
mulher e o filho de 1 ano. E tinha ido à comunidade para visitar a mãe,
que já não via há meses.
O faxineiro de condomínio Marco Aurélio Cruz, de 50 anos, tio de
Ewerton, conta que o jovem tinha saído da casa da mãe para ir ao
açougue quando começou o tiroteio na favela.
—
Aí, todo mundo correu. Ele correu junto e foi baleado. Na hora do
tiroteio, ninguém vai ficar para contar a história. Até hoje a mãe dele
está abatida com o que aconteceu — diz Marco Aurélio, que mora próximo
à favela.
Ele ainda lembra da última vez que viu o sobrinho, num churrasco no Dia dos Pais, ano passado.
— Ele ficou soltando pipa com o meu filho e jogando bola. Era um garoto bom.
Ewerton trabalhava há três anos numa obra na Barra da Tijuca com o pai, o pedreiro Amauri dos Santos Neves.
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