domingo, 2 de junho de 2013

‘Eles queriam liquidar’, critica pai de jovem morto em operação na Favela do Rola

Valdeir, pai de Silas Rosa Guimarães, critica ação policial na Favela do Rola
Valdeir, pai de Silas Rosa Guimarães, critica ação policial na Favela do Rola
O mecânico Valdeir Rosa Guimarães, de 50 anos, identificou o filho assim que viu o vídeo da operação policial que deixou cinco mortos na Favela do Rola, em 16 de agosto do ano passado. Silas Rosa Guimarães aparece caído, dentro do bar que virou alvo dos disparos dados do helicóptero. O pai criticou a atuação da Polícia Civil:
— Não estava presente para dizer. E não entendo nada desse negócio de lei. Mas ninguém conseguiu se defender. Eles queriam liquidar.
Silas Rosa Guimarães tinha um filho pequeno
Silas Rosa Guimarães tinha um filho pequeno
Para Valdeir, a história de Silas poderia ter sido bem diferente. Ele era conhecido como Robinho, pela semelhança com o jogador, e sonhava em ser atleta profissional. Abandonado pela mãe, foi criado pelo pai e quatro tias numa casa humilde em Paciência. Mas nunca foi revoltado. Evangélico, frequentava a igreja e se dedicava aos estudos. Depois de concluir o ensino médio num colégio particular, trabalhou como mecânico numa empresa de ônibus e numa prestadora de serviços nas obras da SuperVia, entre fevereiro de 2007 e maio de 2010.
Mas se envolveu com uma mulher na Favela do Rola e com o tráfico. Morreu aos 25 anos e deixou dois filhos: uma menina de 4 anos e um menino que tinha seis meses quando o pai foi morto.
Fonte: Jornal Extra

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