Valdeir, pai de Silas Rosa Guimarães, critica ação policial na Favela do Rola
O
mecânico Valdeir Rosa Guimarães, de 50 anos, identificou o filho assim
que viu o vídeo da operação policial que deixou cinco mortos na Favela
do Rola, em 16 de agosto do ano passado. Silas Rosa Guimarães aparece
caído, dentro do bar que virou alvo dos disparos dados do helicóptero. O
pai criticou a atuação da Polícia Civil:
—
Não estava presente para dizer. E não entendo nada desse negócio de
lei. Mas ninguém conseguiu se defender. Eles queriam liquidar.
Silas Rosa Guimarães tinha um filho pequeno
Para
Valdeir, a história de Silas poderia ter sido bem diferente. Ele era
conhecido como Robinho, pela semelhança com o jogador, e sonhava em ser
atleta profissional. Abandonado pela mãe, foi criado pelo pai e quatro
tias numa casa humilde em Paciência. Mas nunca foi revoltado.
Evangélico, frequentava a igreja e se dedicava aos estudos. Depois de
concluir o ensino médio num colégio particular, trabalhou como mecânico
numa empresa de ônibus e numa prestadora de serviços nas obras da
SuperVia, entre fevereiro de 2007 e maio de 2010.
Mas
se envolveu com uma mulher na Favela do Rola e com o tráfico. Morreu
aos 25 anos e deixou dois filhos: uma menina de 4 anos e um menino que
tinha seis meses quando o pai foi morto.
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