domingo, 4 de setembro de 2011

Pescadores da Baía de Sepetiba terão 4,6 milhões para investir em projetos

Acordo para beneficiar a região foi assinado entre a Secretaria do Ambiente e a CSA
Entidades de pescadores e maricultores da Baía de Sepetiba receberão R$ 4,6 milhões para investir em projetos socioambientais. As ações vão de transporte e beneficiamento de pescado à criação de uma escola itinerante que, conduzida por uma balsa, levará educação aos filhos dos pescadores da região.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (22/8) pelo secretário do Ambiente, Carlos Minc, durante a assinatura do acordo entre a CSA e a Secretaria de Estado do Ambiente que pretende alavancar projetos relacionados à condicionante ambiental direcionada a atividades pesqueiras, que faz parte do licenciamento do empreendimento.
Minc, que participou de algumas das reuniões que resultaram na elaboração do acordo firmado entre a Secretaria do Ambiente e a CSA, disse que a pesca e maricultura são atividades econômicas de grande importância para a região.
- Este investimento não pretende beneficiar exclusivamente a categoria A ou B, mas sim assegurar a qualidade do pescado que chega a nossas mesas - afirmou.
Presente ao evento, a presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos, disse que a condicionante vinha avançando lentamente porque havia muita divergência entre as entidades envolvidas:
- O que a equipe da Secretaria do Ambiente e do Inea fez foi dialogar com as principais lideranças e escolher com eles quais seriam os projetos a serem apresentados para a CSA.
Segundo o secretário do Ambiente, até início de 2012, a Secretaria do Ambiente deve apresentar um plano estratégico de desenvolvimento sustentável para a região. Já foram investidos R$ 800 mil para este planejamento, que envolverá todos os empreendimentos instalados no entorno da Baía de Sepetiba.
- O que queremos é estruturar a região, que com o Arco Metropolitano, por exemplo, tende a crescer muito. Levaremos em consideração questões como saneamento, habitação, desenvolvimento industrial e o turismo local. Os recursos empregados virão do BID.
De acordo com Marilene Ramos, a ideia do órgão é reduzir os impactos e tornar mais sustentáveis as atividades desenvolvidas na região:
- Essa experiência com os pescadores é um exemplo de que é possível ter desenvolvimento com sustentabilidade.
Representante das entidades pesqueiras da região, Chico Pescador elogiou o seleção dos projetos e reforçou a necessidade da Secretaria do Ambiente agilizar o processo de licenciamento de um píer e de criar um comitê gestor para a Baía de Sepetiba, do qual pescadores e maricultores participem.
Minc disse que as demais medidas condicionantes do processo de licenciamento estão avançando:
- A empresa já iniciou o projeto de exaustão e cobertura dos poços de emergência para eliminar a emissão da “chuva de prata”. A Clínica da Família, em parceria com a Prefeitura do Rio, também caminha.
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