sábado, 19 de maio de 2012

20 de maio - A festa de preto-velho na Praia de Sepetiba, com palestras e sons de atabaque

Mãe Fomo de Ewá (abaixada, à esquerda do homem) com os amigos e os filhos de santo
A Praia de Sepetiba vai sediar amanhã um (re)encontro secular de gerações. A partir das 10h, adeptos das religiões afro-brasileiras se reúnem na parte da faixa de areia já revitalizada, é claro, para aguardar a chegada de ninguém menos do que ex-escravos, ou seja, os seus antepassados, que serão homenageados pelos religiosos durante a 1 Festa de Preto-Velho em Sepetiba.
A festividade ao ar livre já poderá ser percebida pelos moradores logo cedo, quando umbandistas e candomblecistas trocarão o perfume natural da maresia da praia por outros, que purificam a alma.
Entres eles está o cheiro do defumador, da arruda, da guiné e da fumaça do cachimbo (tudo isso é usado pelos pretos-velhos nas consultas com os seres humanos), além da essência vinda das panelas de barro, onde estará a tradicional feijoada de preto-velho.
— Os pretos-velhos são ancestrais e, em vida, foram escravos. Eles trabalham com ervas e são curandeiros. Em homenagem a eles, vamos distribuir feijoada, de graça, que é uma das comidas de preto-velho — avisa Jupira Nascimento, a mãe Fomo de Ewá, organizadora do evento.
Segundo ela, a feijoada para 300 pessoas será servida, depois de duas palestras, com arroz, farofa, couve à mineira e laranja.

Fonte:Extra On-Line
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