domingo, 4 de setembro de 2011

CBMERJ registra queda nos afogamentos da Barra a Sepetiba

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O 2º Grupamento Marítimo (GMar), localizado na Barra da Tijuca, é o responsável pela prevenção e salvamento na maior extensão de praias de todo o Estado do Rio de Janeiro. São 65 km entre a Barra da Tijuca e Sepetiba, na Zona Oeste do Rio. Mesmo com toda essa cobertura, os guarda-vidas do 2º Grupamento conseguiram reduzir as ocorrências na região, que registra 16,11% das ocorrências de todo o estado. Enquanto em 2009 foram 3.179 salvamentos da Barra a Sepetiba, em 2010 o número caiu para 2.638 salvamentos. Em 2009 foram registrados oito óbitos e em 2010 foram sete. De acordo com o comandante do 2º GMar da Barra, tenente-coronel Márcio Magalhães Lessa, isso foi possível devido aos investimentos da Corporação na região:
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– Para atender a toda essa extensão de praias, contamos com cinco lanchas que fazem patrulha e salvamento na orla; oito picapes, dois bugres; 25 Rescue tubes (tubos de resgate), distribuídos pelos 70 postos que compõe a região; 12 pranchões de salvamento, que lembram uma prancha de long board, e suportam até três pessoas; nadadeiras para todos os guarda-vidas, além de quatro ambulâncias, quando há a necessidade de socorro médico; um microônibus e uma viatura de emergência e resgate – detalha o tenente-coronel Lessa.
Mesmo com a redução de casos, os banhistas devem estar 100% atentos. Os registros de afogamentos durante o verão são mais elevados, representando 40% de todas as ocorrências durante o ano. Na Zona Oeste, a atenção deve ser redobrada em alguns pontos considerados como críticos pelo 2º GMar, tanto por concentrarem pontos finais de ônibus e consequentemente o aumento do volume de frequentadotes, como pela grande incidência de valas e forte correnteza. São eles o Quebra-mar, Posto 3 (Praça do Ó),  Via 11 (saída da Ayrton Sena) e Posto 12 (final do Recreio).
Há outros locais com menos frequentadores, mas que também apresentam riscos devido a formação de valas, como o Posto 4, em frente ao condomínio Barra Mares; Posto 6, em frente ao apart hotel Barra Bela e em frente à rua Olegário Maciel, também na Barra da Tijuca. Todos esses locais recebem a sinalização de “Perigo, correnteza!”
Além disso, uma das maiores preocupações dos guarda-vidas é com os jovens, que, por excesso de confiança, somada à ingestão inadequada de remédios e de bebidas alcoólicas, acabam sendo vítimas recorrentes de afogamentos. Dos salvamentos feitos pelos guarda-vidas do CBMERJ, 45% é de jovens de 15 aos 25 anos:
– Depois de uma noite mal dormida e excesso de bebida alcoólica, a exaustão toma conta do corpo desse jovem. Em uma situação de emergência ele fica sem força para sair do mar. Já notamos que 15% dos afogados apresentam sintomas de ter ingerido bebida alcoólica no momento do salvamento – alerta o tenente-coronel Lessa.
Mas as ocorrências na região não estão relacionadas apenas aos afogamentos. No caso das crianças, os pais devem manter vigilância permanente para evitar tanto problemas no mar quanto o desaparecimento na praia. Durante o verão, num dia típico de praia cheia, estima-se que de 1000 a 1200 crianças se percam dos pais em praias da Zona Sul, Barra da Tijuca, Recreio, Grumari e Barra de Guaratiba. No ano de 2010 foram mais de 15.000 crianças perdidas em todo o Estado.

Para evitar incidentes nas praias fluminenses, os bombeiros recomendam aos pais que coloquem o nome e telefone de contato em uma etiqueta na roupa de banho das crianças ou em pulseiras de esparadrapo. Ao chegar à praia, é importante marcar um ponto de referência, onde a criança possa ir caso não encontre seus pais.
Para quem não quer correr perigo em um simples banho de mar, basta seguir as dicas do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro:

  • Ao chegar à praia, localize o posto do guarda-vidas;
  • Pergunte ao guarda-vidas qual o melhor local para o banho;
  • Evite abusar de bebida alcoólica antes ou durante a estada na praia;
  • Opte por uma alimentação leve e balanceada;
  • Não mergulhe em águas desconhecidas;
  • Nunca simule um afogamento, pois você pode desviar a atenção do guarda-vidas para uma ocorrência real;
  • Respeite a sinalização dos bombeiros para áreas com correnteza e valas;
  • Prestar atenção nas crianças (a vigilância precisa ser permanente);
  • Ao avistar um afogamento, não mergulhe. Acione o guarda-vidas mais próximo;
  • Ligue 193 caso não haja nenhum guarda-vidas por perto;
  • Em caso de afogamento, tente manter a calma boiando longe da arrebentação e faça sinal pedindo ajuda;
  • Se estiver com crianças, marque um ponto de referência para ela não se perder.
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