O
2º Grupamento Marítimo (GMar), localizado na Barra da Tijuca, é o
responsável pela prevenção e salvamento na maior extensão de praias de
todo o Estado do Rio de Janeiro. São 65 km entre a Barra da Tijuca e
Sepetiba, na Zona Oeste do Rio. Mesmo com toda essa cobertura, os
guarda-vidas do 2º Grupamento conseguiram reduzir as ocorrências na
região, que registra 16,11% das ocorrências de todo o estado. Enquanto
em 2009 foram 3.179 salvamentos da Barra a Sepetiba, em 2010 o número
caiu para 2.638 salvamentos. Em 2009 foram registrados oito óbitos e
em 2010 foram sete. De acordo com o comandante do 2º GMar da Barra,
tenente-coronel Márcio Magalhães Lessa, isso foi possível devido aos
investimentos da Corporação na região:
–
Para atender a toda essa extensão de praias, contamos com cinco
lanchas que fazem patrulha e salvamento na orla; oito picapes, dois
bugres; 25 Rescue tubes (tubos de resgate), distribuídos pelos 70
postos que compõe a região; 12 pranchões de salvamento, que lembram
uma prancha de long board, e suportam até três pessoas; nadadeiras
para todos os guarda-vidas, além de quatro ambulâncias, quando há a
necessidade de socorro médico; um microônibus e uma viatura de
emergência e resgate – detalha o tenente-coronel Lessa.
Mesmo
com a redução de casos, os banhistas devem estar 100% atentos. Os
registros de afogamentos durante o verão são mais elevados,
representando 40% de todas as ocorrências durante o ano. Na Zona
Oeste, a atenção deve ser redobrada em alguns pontos considerados como
críticos pelo 2º GMar, tanto por concentrarem pontos finais de
ônibus e consequentemente o aumento do volume de frequentadotes, como
pela grande incidência de valas e forte correnteza. São eles o
Quebra-mar, Posto 3 (Praça do Ó), Via 11 (saída da Ayrton Sena) e
Posto 12 (final do Recreio).
Há
outros locais com menos frequentadores, mas que também apresentam
riscos devido a formação de valas, como o Posto 4, em frente ao
condomínio Barra Mares; Posto 6, em frente ao apart hotel Barra Bela e
em frente à rua Olegário Maciel, também na Barra da Tijuca. Todos
esses locais recebem a sinalização de “Perigo, correnteza!”
Além
disso, uma das maiores preocupações dos guarda-vidas é com os
jovens, que, por excesso de confiança, somada à ingestão inadequada
de remédios e de bebidas alcoólicas, acabam sendo vítimas recorrentes
de afogamentos. Dos salvamentos feitos pelos guarda-vidas do CBMERJ,
45% é de jovens de 15 aos 25 anos:
– Depois
de uma noite mal dormida e excesso de bebida alcoólica, a exaustão
toma conta do corpo desse jovem. Em uma situação de emergência ele
fica sem força para sair do mar. Já notamos que 15% dos afogados
apresentam sintomas de ter ingerido bebida alcoólica no momento do
salvamento – alerta o tenente-coronel Lessa.
Mas
as ocorrências na região não estão relacionadas apenas aos
afogamentos. No caso das crianças, os pais devem manter vigilância
permanente para evitar tanto problemas no mar quanto o desaparecimento
na praia. Durante o verão, num dia típico de praia cheia, estima-se
que de 1000 a 1200 crianças se percam dos pais em praias da Zona Sul,
Barra da Tijuca, Recreio, Grumari e Barra de Guaratiba. No ano de
2010 foram mais de 15.000 crianças perdidas em todo o Estado.
Para
evitar incidentes nas praias fluminenses, os bombeiros recomendam
aos pais que coloquem o nome e telefone de contato em uma etiqueta na
roupa de banho das crianças ou em pulseiras de esparadrapo. Ao
chegar à praia, é importante marcar um ponto de referência, onde a
criança possa ir caso não encontre seus pais.
Para
quem não quer correr perigo em um simples banho de mar, basta seguir
as dicas do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro:
-
Ao chegar à praia, localize o posto do guarda-vidas;
-
Pergunte ao guarda-vidas qual o melhor local para o banho;
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Evite abusar de bebida alcoólica antes ou durante a estada na praia;
-
Opte por uma alimentação leve e balanceada;
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Não mergulhe em águas desconhecidas;
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Nunca simule um afogamento, pois você pode desviar a atenção do guarda-vidas para uma ocorrência real;
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Respeite a sinalização dos bombeiros para áreas com correnteza e valas;
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Prestar atenção nas crianças (a vigilância precisa ser permanente);
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Ao avistar um afogamento, não mergulhe. Acione o guarda-vidas mais próximo;
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Ligue 193 caso não haja nenhum guarda-vidas por perto;
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Em caso de afogamento, tente manter a calma boiando longe da arrebentação e faça sinal pedindo ajuda;
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Se estiver com crianças, marque um ponto de referência para ela não se perder.
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