Sepetiba, por direito e de
fato assegurado na História do Brasil, era parta ter sido reconhecida
como o segundo município do Rio de Janeiro, em virtude da sua fundação
no litoral Oeste, em 5 de junho de 1567 pelos “índios Tamoios”, graças à
expulsão dos franceses. Com a chegada dos “Tamoios” ao litoral desconhecido, fizeram o reconhecimento
da área, e ali fixaram suas residências. A área se estendia pela atual
Estrada do Piaí, abrangendo o antigo “Campo São José”, atualmente
conhecido por Radiobrás, cortado pela Estrada de Sepetiba, circundando,
ainda, pela Estrada da Pedra de Guaratiba.
Com a chagada do Príncipe
Regente Dom João Vl a Sepetiba, o mesmo reconheceu a área acima citada,
razão pela qual baixou o Decreto-Lei em 26 de Junho de 1813, no qual
doava a referida área aos antigos pescadores e lavradores, dividindo-a
em sítios.
Mais tarde surgia a
família Monastere, possuidora de “Cassinos de Jogos de Azar”. Um dos
sitiantes, talvez, enveredado para o caminho do joga, lamentavelmente,
teve sua propriedade perdida em “mesa de jogo”. A referida família, de
posse do sítio, maquiavelicamente, tentou o seu desmembramento, onde já
havia sido incluído toda a área da fundação de Sepetiba, no processo
conhecido por Fazenda do Piaí. Porém, o “Paço Imperial” negou o recurso
impetrado, por se tratar de área preservada pelo Decreto-Lei Imperial de
26 de junho de 1813.
Até o presente momento
não sabemos das razões que o antigo “domínio da união”, hoje
departamento de terras da união, não tenha se manifestado a respeito do
assunto, deixando a “ GRILAGEM” fazer das referidas terras negócios
ilícitos, com conivências cartorais.
Sepetiba ainda sofre as
graves consequencias deixadas pelos antigos republicanos. O progresso se
encontra totalmente afetado, inclusive por falta de pulso dos órgãos
federais, no que tange ao respeito à Lei Imperial.
Talvez, se não fosse os
velhos e antigos pescadores e lavradores, e a presença do emérito
Professor e Oficial de Marinha Antonio de Cerqueira Fontes, Nunca
iríamos saber pelo menos essa parte da História de Sepetiba. O desejo
dos antigos republicanos era que a nossa querida Sepetiba se tornasse um
local triste e desconhecida de todos, afim de esconder as inúmeras
“selvagerias e bestialidades”, por eles praticadas. Porém, isso não
aconteceu, graças aos nossos Heróis Pescadores e Lavradores, que, após
muito carinho e discernimento, reergueram a nova Sepetiba.
Espero que a comunidade
Sepetibana se organize e se uma em torno do Instituto Cultural Cidade
Histórica de Sepetiba , para juntos continuarem a preservar o nosso “
Patrimônio Histórico”, antes que seja tarde demais.
ALCEBÍADES FRANCISCO ROSA
(Introdução do livro 'História de Sepetiba', ed. Imprensa Oficial, RJ, 1995)
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