O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que a decisão da
presidenta Dilma tem um “grande significado histórico”. “Todos os
royalties, a partir das futuras concessões, irão para a educação. Isso
envolve todas as prefeituras do Brasil, os estados e a União, porque só a
educação vai fazer o Brasil ser uma nação efetivamente desenvolvida”,
disse.
A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse que a medida
provisória (MP), que será encaminhada para publicação no Diário Oficial
da União na próxima segunda-feira (3), tem como premissas o respeito à
Constituição e aos contratos estabelecidos, a garantia da distribuição
das riquezas do petróleo e o fortalecimento da educação brasileira.
A ministra espera "sensibilidade" do Congresso Nacional para a
aprovação da MP e argumentou que a medida vai beneficiar todos os entes
federativos. "Estamos chegando num momento que não conseguimos ir para
frente, não conseguimos fazer novas concessões porque não temos uma
regra estabelecida na distribuição de royalties. Então, começamos a
passar para um momento em que todos vão perder. Da forma como estamos
mandando a medida provisória, respeitando a distribuição feita pelo
Congresso, dirigindo para a educação, acredito que vamos ter a
sensibilidade do Congresso Nacional."
Segundo Gleisi, a presidenta procurou conservar a maior parte do que
foi deliberado no Congresso Nacional. “O veto ao Artigo 3º, resguarda
exatamente os contratos em exercícios e redistribuição dos royalties ao
longo do tempo”, disse.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o veto não
significa "nenhum desapreço ao Congresso Nacional", "mas sim a defesa de
dispositivos constitucionais que asseguram a preservação dos contratos
firmados até então."
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