A Câmara e o Senado
realizaram, no dia 29 de novembro, sessão solene do Congresso Nacional para a promulgação
da Emenda Constitucional 71/12, que institui o Sistema Nacional de Cultura, e é
de autoria do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS). Aprovada por meio da
Proposta de Emenda à Constituição 416/05, a proposta ficou conhecida como “PEC
da Cultura”.
Ela prevê a ampliação
progressiva dos recursos públicos para o setor cultural, incluindo todos os
órgãos governamentais, planos e sistemas de financiamento e de informações da
área na estrutura do Sistema Nacional de Cultura. A ideia é aperfeiçoar a
colaboração entre municípios, estados e União na gestão conjunta de políticas
públicas de cultura. Entre os princípios constantes do texto estão a
universalização do acesso a bens e serviços culturais, a complementação dos
papéis dos agentes culturais, a democratização dos processos decisórios e a
descentralização da gestão.
Segundo Pimenta, as ações
asseguradas pelo Sistema Nacional de Cultura (SNC) se assemelham às políticas
públicas de saúde, assistência social e educação, que já contam com a
cooperação entre os entes federados. “Este é um novo capítulo para as políticas
culturais. Nessa área, nunca tivemos um planejamento nacional que nos desse o
respaldo necessário para pleitear mais recursos para o setor, o que teremos a
partir de agora”, destacou Pimenta.
Para a ministra da
Cultura, Marta Suplicy, que também participou da sessão solene, a emenda deve
garantir benefícios permanentes para os projetos culturais do País. “A cultura
vai ganhar solidez e não será mais afetada pelas trocas de governo. Há um
compromisso do Estado em favor da articulação da gestão nacional. Com o Sistema
Nacional de Cultura, teremos organização, planejamento, orçamento, ou seja,
haverá um caminho que tem rumo e sabe aonde quer chegar”, afirmou a ministra,
que é senadora licenciada e foi relatora da PEC da Cultura no Senado.
O presidente da Câmara,
Marco Maia, também comemorou a criação do Sistema Nacional de Cultura: “Com
essa emenda, o Parlamento brasileiro dá mais uma contribuição decisiva para que
a cultura seja verdadeiramente valorizada no nosso País e cada vez mais à disposição
do nosso povo”, enfatizou Maia.
Para o presidente do
Senado, José Sarney, um país sem “grande expressão cultural” não consegue
alcançar o desenvolvimento econômico. “A cultura é importantíssima e deve ser
colocada no mesmo patamar da estrutura política e econômica do País”, disse
Sarney.
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