Max Cardoso já participou de campeonatos na Índia,
Japão e França
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Apaixona pelo o que faz, Max leva cores aos céus da zona oeste e do mundo em festivais de pipas |
O artista, morador de Bangu, sempre teve uma paixão muito grande pela pipa desde sua infância, onde fazia suas próprias pipas cortando bambus na casa de seus tios. Ele via isso como uma coisa fascinante, e assim, começou a confecciona-las até ver na televisão um anúncio sobre festivais de pipas, quando surgiu o insight: “Eu consigo fazer isso, uma pipa artística”!
Após três meses trabalhando nos detalhes do projeto, a primeira pipa artística de Max ficou pronta e com muita perfeição. No dia 12 de outubro de 1986, o banguense apresentou sua arte em um evento no Aterro do Flamengo e foi consagrado campeão.
A partir desse momento Max começou a mostrar seus feitos em oficinas, festivais e eventos, não somente na Zona Oeste, mas sim, ultrapassando fronteiras internacionais representando o Brasil em festivais em países como França, Índia e Japão onde a cultura de soltar pipas é bastante popular entre homens e mulheres.
— Em 1992 conheci um Frances que veio até minha casa em Bangu e conheceu melhor o meu trabalho, as minhas pipas, e foi ele quem me levou para o primeiro festival na França em 1996. Atualmente faço festivais de pipas e oficinas em shopping centers. Já fiz oficinas em quase todos os shoppings do Rio de Janeiro — explicou Max.
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Exposição das artes no Center Shopping Freguesia. |
O artista banguense Max Cardoso concedeu entrevista ao Visão Oeste Rio:
Qual foi o maior tempo que você disponibilizou para confeccionar uma pipa?
— Normalmente demoramos dois meses e meio, trabalhando de 4 a 5 horas por dia fazendo um dragão/centopeia que realmente é muito trabalhosa e leva bastante tempo.
Aqui na Zona Oeste vocês têm algum ponto de encontro de “pipeiros” para a realização de festivais?
— Não há um lugar específico que a gente se reúne. Existe um grupo no WhatsApp de pipa artística onde todo o pessoal deste meio troca informações e dali saem as dicas de modelos novos e agendas para futuros festivais de pipas.
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Pipa em formato gigante de dragão sendo controlada pelo artista morador de Bangu |
Qual a diferença entre uma pipa brasileira em relação a uma japonesa e uma indiana, por exemplo?
— A principal diferença da nossa pipa para as pipas de outros países é que, na verdade, só o Brasil ainda está fazendo pipas de bambu e papel fino, lá fora tudo
é pano com fibra de carbono, pano com alumínio etc. Bambu só no Brasil e na índia. Nos demais países não.
Como morador da Zona Oeste, qual seu ponto
de vista concernente a arte de empinar pipas na região? Ainda há muita procura
por parte de crianças, jovens e adultos?
— A
arte de empinar pipas está acabando. Vemos aqui na Zona Oeste alguns pontos, como
ali próximo à Praça do Canhão, onde uma galera mais madura se reúne, entretanto, para
soltar a chamada “pipa de corte” a pipa do cerol, da linha chilena. Hoje as
crianças, o jovem, estão totalmente conectados no celular, na internet e
videogame. Muitas crianças de hoje não estão mais jogando bola, andando de
bicicleta ou brincando na rua. Isso basicamente acabou, tudo agora está
restrito a algum jogo, a algum movimento dentro da rede. Eu me reúno com amigos
em festivais na própria Praça do Canhão, mas com a pipa artística que é
totalmente regulamentada.
O Portal Zona Oeste é Tudo de Bom aproveita para esclarecer que a pipa é uma arte, uma cultura brasileira, principalmente dos bairros da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro.
Empinar pipas faz bem para muitas pessoas de diversas faixas etárias, a atividade pode ser usada até como terapia.
Contudo, faça como o artista Max, solte pipas em locais seguros: praças e campos abertos sem fiações por perto, NUNCA utilize o cerol ou linhas chilenas (aquelas que já vêm preparadas com uma espécie de cerol mais cortante e potente), use o bom-senso: evite antenas e veja sempre quem está ao seu redor. Desta forma, será possível manter a pipa no alto por muitos anos em nossa região.
Ah! E tem mais um pouquinho de Max: Veja o vídeo da participação dele no programa Mais Você, da Ana Maria Braga, exibido ontem dia 25/05/17 pela Rede Globo
Fique ligado no próximo evento de Max "FESPA: 2º Festival de Pipas Artísticas", no Campo de Marte, na Praça do Canhão, dia 11/06, às 9h, em Realengo.
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