
Com aprovação na Câmara dos
Deputados do PL 1332/2012, no Senado Federal com o PLC 30/2014, que foi
aprovado pelo Senado no dia 17 de julho de 2014, sancionado e
regulamentado pela LEI Nº 13.022, DE 8 DE AGOSTO DE 2014, como Estatuto
Geral das Guardas Municipais.pelo presidente da República, os GMs terão
poder de polícia e porte da arma nas cidades acima de 50 mil habitantes.
Eles atuaram na prevenção e etc. O maior ponto do projeto e exatamente
que os GMs poderão encaminhar uma pessoa detida para a delegacia de
polícia. Outro ponto importante e que as guardas municipais passam a ter
um maior papel na segurança pública, além dos agentes de cidades acima
de 500 mil habitantes ter direito ao porte de arma fora do serviço. Essa
lei levou mais de 12 anos para ser aprovada exatamente pela a sua
complexidade. As guardas municipais foram primeira e única instituição
de segurança brasileira a ter suas atribuição regulamentada por um
projeto de lei especifico.
Abaixo seguem alguns artigos dessa lei, que consubistanciam uma maior participação das GMs, na atuação na segurança pública.
Art. 3o São princípios mínimos de atuação das guardas municipais:
I - proteção dos direitos humanos fundamentais, do exercício da cidadania e das liberdades públicas;
II - preservação da vida, redução do sofrimento e diminuição das perdas;
III - patrulhamento preventivo;
IV - compromisso com a evolução social da comunidade; e
V - uso progressivo da força.
Art. 5o São competências específicas das guardas municipais, respeitadas as competências dos órgãos federais e estaduais:
I - zelar pelos bens, equipamentos e prédios públicos do Município;
II - prevenir e inibir, pela presença e vigilância, bem como coibir,
infrações penais ou administrativas e atos infracionais que atentem
contra os bens, serviços e instalações municipais;
III - atuar, preventiva e permanentemente, no território do Município,
para a proteção sistêmica da população que utiliza os bens, serviços e
instalações municipais;
IV - colaborar, de forma integrada com os órgãos de segurança pública, em ações conjuntas que contribuam com a paz social;
V - colaborar com a pacificação de conflitos que seus integrantes
presenciarem, atentando para o respeito aos direitos fundamentais das
pessoas;
VI - exercer as competências de trânsito que lhes forem conferidas, nas
vias e logradouros municipais, nos termos da Lei no 9.503, de 23 de
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), ou de forma
concorrente, mediante convênio celebrado com órgão de trânsito estadual
ou municipal;
VII - proteger o patrimônio ecológico, histórico, cultural,
arquitetônico e ambiental do Município, inclusive adotando medidas
educativas e preventivas;
VIII - cooperar com os demais órgãos de defesa civil em suas atividades;
IX - interagir com a sociedade civil para discussão de soluções de
problemas e projetos locais voltados à melhoria das condições de
segurança das comunidades;
X - estabelecer parcerias com os órgãos estaduais e da União, ou de
Municípios vizinhos, por meio da celebração de convênios ou consórcios,
com vistas ao desenvolvimento de ações preventivas integradas;
XI - articular-se com os órgãos municipais de políticas sociais, visando
à adoção de ações interdisciplinares de segurança no Município;
XII - integrar-se com os demais órgãos de poder de polícia
administrativa, visando a contribuir para a normatização e a
fiscalização das posturas e ordenamento urbano municipal;
XIII - garantir o atendimento de ocorrências emergenciais, ou prestá-lo direta e imediatamente quando deparar-se com elas;
XIV - encaminhar ao delegado de polícia, diante de flagrante delito, o
autor da infração, preservando o local do crime, quando possível e
sempre que necessário;
XV - contribuir no estudo de impacto na segurança local, conforme plano
diretor municipal, por ocasião da construção de empreendimentos de
grande porte;
XVI - desenvolver ações de prevenção primária à violência, isoladamente
ou em conjunto com os demais órgãos da própria municipalidade, de outros
Municípios ou das esferas estadual e federal;
XVII - auxiliar na segurança de grandes eventos e na proteção de autoridades e dignatários; e
XVIII - atuar mediante ações preventivas na segurança escolar, zelando
pelo entorno e participando de ações educativas com o corpo discente e
docente das unidades de ensino municipal, de forma a colaborar com a
implantação da cultura de paz na comunidade local.
Parágrafo único. No exercício de suas competências, a guarda municipal
poderá colaborar ou atuar conjuntamente com órgãos de segurança pública
da União, dos Estados e do Distrito Federal ou de congêneres de
Municípios vizinhos e, nas hipóteses previstas nos incisos XIII e XIV
deste artigo, diante do comparecimento de órgão descrito nos incisos do
caput do art. 144 da Constituição Federal, deverá a guarda municipal
prestar todo o apoio à continuidade do atendimento.
Art. 11. O exercício das atribuições dos cargos da guarda municipal
requer capacitação específica, com matriz curricular compatível com suas
atividades.
Art. 13. O funcionamento das guardas municipais será acompanhado por
órgãos próprios, permanentes, autônomos e com atribuições de
fiscalização, investigação e auditoria, mediante:
I - controle interno, exercido por corregedoria, naquelas com efetivo
superior a 50 (cinquenta) servidores da guarda e em todas as que
utilizam arma de fogo, para apurar as infrações disciplinares atribuídas
aos integrantes de seu quadro; e
II - controle externo, exercido por ouvidoria, independente em relação à
direção da respectiva guarda, qualquer que seja o número de servidores
da guarda municipal, para receber, examinar e encaminhar reclamações,
sugestões, elogios e denúncias acerca da conduta de seus dirigentes e
integrantes e das atividades do órgão, propor soluções, oferecer
recomendações e informar os resultados aos interessados, garantindo-lhes
orientação, informação e resposta.
§ 1o O Poder Executivo municipal poderá criar órgão colegiado para
exercer o controle social das atividades de segurança do Município,
analisar a alocação e aplicação dos recursos públicos e monitorar os
objetivos e metas da política municipal de segurança e, posteriormente, a
adequação e eventual necessidade de adaptação das medidas adotadas face
aos resultados obtidos.
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, poderá ser adaptada a
matriz curricular nacional para formação em segurança pública, elaborada
pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da
Justiça.
Art. 16. Aos guardas municipais é autorizado o porte de arma de fogo, conforme previsto em lei.
Art. 20. É reconhecida a representatividade das guardas municipais no
Conselho Nacional de Segurança Pública, no Conselho Nacional das Guardas
Municipais e, no interesse dos Municípios, no Conselho Nacional de
Secretários e Gestores Municipais de Segurança Pública.
Segundo a projeção do IBGE em 2016, o Rio de Janeiro é o municipio mais
populoso do Rio de Janeiro, com um número acima de 6 476 631 pessoas,
superando o número mínimo de 50.000 pessoas, para que se possa ter uma
Guarda Municipal Armada que poxam auxiliar as forças Policiais no
município, de forma que os policiais possam ser realocados em outras
instancias da segurança. Falta agora coragem e vontade política para
operar as mudanças que a lei federal prevê.
A Segurança privada no Rio de
Janeiro, possui um verdadeiro Exército de Vigilantes que trabalham
armados, que são formados todos os dias, que circulam pela cidade com
escoltas armadas, fazendo segurança pessoal, como agentes de segurança,
portando armas de fogo, com treinamento de centros de formação civis, é
impossível que uma instituição pública não seja capaz de fazê-lo.
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