Nesta última sexta-feira, 18 de Janeiro de 2013, praticamente às
pressas e em função de uma demanda promovida pela CORES (Comissão
Revitalização de Sepetiba), realizou-se uma reunião entre o INEA,
Odebrecht, a CORES, representantes da mídia local como; Jornal Real
Notícias, Jornal Meu Bairro, Rádio Stylus FM, membros da sociedade local e do vereador Willian Coelho.
Esta reunião foi realizada com a presença da própria presidente do
INEA - Marilene Ramos e seu diretor de obras – Iel Jordão, dos gerentes e engenheiros da Odebrecht Marcos Salivares e Gildoberto,
responsáveis pela execução do projeto.
O principal propósito desta reunião foi tratar de todas as questões tão
fartamente discutidas e observadas pela população que acompanha de
perto tal obra, das quais foram exaustivamente trabalhadas, inclusive a
presidente foi convidada a observar no próprio local os problemas que
estão sendo encontrados em tal obra.
Com relação aos problemas
observados houve muitas contraposições entre entidades, algumas delas
levando a impasses, que, segundo a Presidente Marilene Ramos, serão
analisados e resolvidos na medida do possível.
Depois de muitos
impasses e questionamentos técnicos de execução e resultados obtidos em
tal obra, os seguintes aspectos ficaram em comprometimento público por
parte da presidente do INEA e da Odebrecht, e isto foi gravado pelos
representantes de mídia local que compareceram ao evento e que se
propuseram a divulgar para toda comunidade:
• A Odebrecht
alegou ter obtido grandes prejuízos na execução desta obra, mas que não
deixará seu parque de obras enquanto não for obtida a conformidade e
aceitação do projeto executado, tanto pelo próprio cliente, o INEA,
como pela nossa Comunidade. Detalhe importante a ser informado é com
relação ao atraso na conclusão da obra que, face aos problemas
encontrados na execução, o prazo de conclusão já bate com o período de
reposição periódica de areia (ver obs. 1).
• As areias que
foram depositadas no 2º trecho da obra (entre o canal da rua Dr. Ary
Chagas e a Rua do Iate) serão analisadas pelo INEA, para se verificar a
qualidade.
• Os pontos de geotêxtil expostos e que estão
próximos a faixa permanentemente seca (faixa de 80 metros) serão
recobertos com areia.
• Os pontos de geotêxtil expostos na
linha d’água serão recobertos com areia somente depois de aguardado o
recalque de solo sob o geotêxtil (ver obs. 2).
• Um ponto onde
observou-se um escurecimento de cor marrom ferrugem sobre a superficie
da areia, que aparenta ser uma espécie de mina, observado próximo a Ilha
da Pescaria também ficou de ser analisado.
• A Odebrecht se
comprometeu em remover todas as pedras, entulhos, argilas, resíduos de
obras e ferragens oriundos da jazida de areia terrestre que foi
utilizada e depositada em boa parte do segundo trecho da obra,
principalmente no trecho sob variação de maré.
• Do recurso de
12 milhões de reais obtido através do processo julgado da Cia Docas do
Rio de Janeiro e que já está depositado em conta do INEA, 9 milhões de
reais serão utilizados para fazer o tronco coletor de todo o primeiro
trecho (dos portões da BASC até a Dr. Ary Chagas), eliminando, desta
forma, as mitigações das "linguas negras" ali existentes. O restante
será aplicado na construção do Píer de 60 metros de extensão próximo a
Ilha do Tatú e já na primeira deposição anual de 20 mil metros cúbicos
de areia (ver obs. 3).
• Com relação à saída do Canal da DR.
Ary Chagas, ainda não há definição do projeto que será executado, ou
seja, ainda se encontra em estudo. Segundo o Diretor de Obras do Inea -
Iel Jordão, a proposta de se fazer uma galeria estaqueada até a linha de
maré mínima foi abortada, em função desta ficar em um custo
demasiadamente elevado, para o que o INEA considera como “uma obra de
propósito estético e pouco funcional”, no entanto ainda está sendo
estudada outra solução que melhore o aspecto atualmente encontrado e que
tenha menor custo.
• Neste evento foram entregues à CORES
(Comissão Revitalização de Sepetiba) cópias dos documentos do projeto
executivo e executado da Obra da Praia de Sepetiba. Isto foi um pedido
que havia sido feito pela CORES desde o início da obra.
Observações:
(1) - De acordo com o projeto licitado, em decorrência das variações e
arrasto de maré, e movimentações da lama sob o geotêxtil, anualmente
esta praia necessitará de reposição de areia em aproximadamente 20 mil
metros cúbicos, para que sua orla seja preservada continuamente. Uma
observação importante a ser dada é que esta reposição natural de areia é
necessária para muitas outras praias da orla do Estado do Rio de
Janeiro, e como isto não está sendo feito, observa-se atualmente uma
considerável diminuição de faixa de areia em tais praias.
(2) -
O solo por baixo do geotêxtil é lodoso (lama) e ainda se encontra em
movimentação, porém, após um ou dois anos, este solo deverá se
estabilizar e ganhar densidade (recalcar). Com isto os desníveis
encontrados atualmente na deposição de areia serão mais passíveis de
serem regularizados. Resumindo: durante algum tempo poderá ocorrer
exposição de geotêxtil na superfície, ou depressões que são decorrentes
do arrasto de marés e de instabilidades na densidade da lama por baixo
deste. Estas exposições deverão ser corrigidas anualmente com a
deposição programada de areia, que é estimada em 20 mil metros cúbicos
por ano.
(3) - Este processo da 1ª deposição anual de areia
ainda será licitado e ainda não sabemos qual empresa se propõem a
executar esta obra.
Texto baseado na publicação de Sergio Magno no Facebook
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