quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

INEA, ODEBRECHT e Sociedade Local fazem reunião para tratar da revitalização da Praia de Sepetiba que começou em 2010, não terminou e já apresenta vários problemas

Fotografia de Luiza Reis
Nesta última sexta-feira, 18 de Janeiro de 2013, praticamente às pressas e em função de uma demanda promovida pela CORES (Comissão Revitalização de Sepetiba), realizou-se uma reunião entre o INEA, Odebrecht, a CORES, representantes da mídia local como; Jornal Real Notícias, Jornal Meu Bairro, Rádio Stylus FM, membros da sociedade local e do vereador Willian Coelho.
Esta reunião foi realizada com a presença da própria presidente do INEA - Marilene Ramos e seu diretor de obras – Iel Jordão, dos gerentes e engenheiros da Odebrecht  Marcos Salivares e Gildoberto, responsáveis pela execução do projeto.
O principal propósito desta reunião foi tratar de todas as questões tão fartamente discutidas e observadas pela população que acompanha de perto tal obra, das quais foram exaustivamente trabalhadas, inclusive a presidente foi convidada a observar no próprio local os problemas que estão sendo encontrados em tal obra.
Com relação aos problemas observados houve muitas contraposições entre entidades, algumas delas levando a impasses, que, segundo a Presidente Marilene Ramos, serão analisados e resolvidos na medida do possível.
Depois de muitos impasses e questionamentos técnicos de execução e resultados obtidos em tal obra, os seguintes aspectos ficaram em comprometimento público por parte da presidente do INEA e da Odebrecht, e isto foi gravado pelos representantes de mídia local que compareceram ao evento e que se propuseram a divulgar para toda comunidade:
• A Odebrecht alegou ter obtido grandes prejuízos na execução desta obra, mas que não deixará seu parque de obras enquanto não for obtida a conformidade e aceitação do projeto executado, tanto pelo próprio cliente, o INEA, como pela nossa Comunidade. Detalhe importante a ser informado é com relação ao atraso na conclusão da obra que, face aos problemas encontrados na execução, o prazo de conclusão já bate com o período de reposição periódica de areia (ver obs. 1).
• As areias que foram depositadas no 2º trecho da obra (entre o canal da rua Dr. Ary Chagas e a Rua do Iate) serão analisadas pelo INEA, para se verificar a qualidade.
• Os pontos de geotêxtil expostos e que estão próximos a faixa permanentemente seca (faixa de 80 metros) serão recobertos com areia.
• Os pontos de geotêxtil expostos na linha d’água serão recobertos com areia somente depois de aguardado o recalque de solo sob o geotêxtil (ver obs. 2).
• Um ponto onde observou-se um escurecimento de cor marrom ferrugem sobre a superficie da areia, que aparenta ser uma espécie de mina, observado próximo a Ilha da Pescaria também ficou de ser analisado.
• A Odebrecht se comprometeu em remover todas as pedras, entulhos, argilas, resíduos de obras e ferragens oriundos da jazida de areia terrestre que foi utilizada e depositada em boa parte do segundo trecho da obra, principalmente no trecho sob variação de maré.
• Do recurso de 12 milhões de reais obtido através do processo julgado da Cia Docas do Rio de Janeiro e que já está depositado em conta do INEA, 9 milhões de reais serão utilizados para fazer o tronco coletor de todo o primeiro trecho (dos portões da BASC até a Dr. Ary Chagas), eliminando, desta forma, as mitigações das "linguas negras" ali existentes. O restante será aplicado na construção do Píer de 60 metros de extensão próximo a Ilha do Tatú e já na primeira deposição anual de 20 mil metros cúbicos de areia (ver obs. 3).
• Com relação à saída do Canal da DR. Ary Chagas, ainda não há definição do projeto que será executado, ou seja, ainda se encontra em estudo. Segundo o Diretor de Obras do Inea - Iel Jordão, a proposta de se fazer uma galeria estaqueada até a linha de maré mínima foi abortada, em função desta ficar em um custo demasiadamente elevado, para o que o INEA considera como “uma obra de propósito estético e pouco funcional”, no entanto ainda está sendo estudada outra solução que melhore o aspecto atualmente encontrado e que tenha menor custo.
• Neste evento foram entregues à CORES (Comissão Revitalização de Sepetiba) cópias dos documentos do projeto executivo e executado da Obra da Praia de Sepetiba. Isto foi um pedido que havia sido feito pela CORES desde o início da obra.
Observações:
(1) - De acordo com o projeto licitado, em decorrência das variações e arrasto de maré, e movimentações da lama sob o geotêxtil, anualmente esta praia necessitará de reposição de areia em aproximadamente 20 mil metros cúbicos, para que sua orla seja preservada continuamente. Uma observação importante a ser dada é que esta reposição natural de areia é necessária para muitas outras praias da orla do Estado do Rio de Janeiro, e como isto não está sendo feito, observa-se atualmente uma considerável diminuição de faixa de areia em tais praias.
(2) - O solo por baixo do geotêxtil é lodoso (lama) e ainda se encontra em movimentação, porém, após um ou dois anos, este solo deverá se estabilizar e ganhar densidade (recalcar). Com isto os desníveis encontrados atualmente na deposição de areia serão mais passíveis de serem regularizados. Resumindo: durante algum tempo poderá ocorrer exposição de geotêxtil na superfície, ou depressões que são decorrentes do arrasto de marés e de instabilidades na densidade da lama por baixo deste. Estas exposições deverão ser corrigidas anualmente com a deposição programada de areia, que é estimada em 20 mil metros cúbicos por ano.
(3) - Este processo da 1ª deposição anual de areia ainda será licitado e ainda não sabemos qual empresa se propõem a executar esta obra.

Texto baseado na publicação de Sergio Magno no Facebook
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