segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Dependentes de Crack recolhidos em operação em Manginhos e Jacaré são transferidos para abrigo em Paciência.

(unidade em frente a Comunidade do Antares, nas intalações do antigo SENAI)

Com a operação da Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro, que ocupou as favelas de Manguinhos e de Jacarezinho, no subúrbio do Rio de Janeiro, foram desativadas as maiores "Crackolândias" do Estado. Como consequência disso, os adictos que lá estavam foram levados para abrigos da Secretaria Mubicipal de Assistência Social. Os adultos foram recolhidos por Assistentes Sociais e encaminhados para Unidade Municipal de Reinserção Social (UMRS) Rio Acolhedor, no bairro de Paciência.  
Só no dia 14 de outubro foram recolhidas 91 pessoas ao abrigo, sendo que 42 já se evadiram da unidade, pois não é obrigatória sua permanência na Unidade, no segundo dia, 15 de outubro, foram mais 67 pessoas recolhidas, ainda não possuimos dados de mais evasões.
Localizado no bairro de Paciência, na Zona Oeste, a Unidade Municipal de Reinserção Social (UMRS) Rio Acolhedor abriga cerca de 350 pessoas que são retiradas das ruas, em diferentes regiões da cidade, durante as abordagens rotineiras realizadas pela Secretaria municipal de Assistência Social (SMAS).
Ingressaram no abrigo mais de 20 mil pessoas. A rotatividade de usuários, no entanto, é grande, já que ninguém é obrigado a permanecer no local. Ao ingressarem, todos passam por uma triagem minuciosa, o que de certa forma influencia na decisão de permanecerem na unidade, pois serão submetidos a regras rígidas e horários pré-determinados para as atividades coletivas. 
Na maioria das vezes, a mudança é radical porque eles chegam sem referência, até mesmo de higiene pessoal, pois vieram de um mundo cheio de possibilidades equivocadas. Trabalhamos com eles todas as áreas de forma integrada, superando questões básicas como perspectiva, sonhos, educação, valores humanos, carinho e companheirismo. Lá, todos têm liberdade de escolha para decidirem seus próprios destinos, no entanto, que, se não houver acompanhamento durante o processo, o acolhido pode fraquejar e se entregar no primeiro sinal de fraqueza.
A filosoia do trabalho é manter a mente ocupada para não pensarem bobagem, cansando a mente e o corpo a noite os internos vão dormir. Dessa forma, o acolhido se sente produtivo. Na rua, ao contrário, eles têm a liberdade do mundo. Tudo de ruim está lá e ao alcance deles, mas no abrigo encontram regras, limites, criam referenciais que servirão de alicerce para caminharem sozinhos.

Dos acolhidos empregados, 80% é absorvido pela construção civilUm estudo realizado na própria Unidade Rio Acolhedor, sobre o perfil dos abrigados que já estão empregados, aponta que 17% possuem entre 20 e 30 anos, 45% estão na faixa dos 31 a 40 anos, 35% de 41 a 50 anos, e apenas 3% entre 51 e 60 anos.
Em primeiro lugar entre os ofícios encontrados pelos abrigados está a construção civil, que absorveu 80% da mão de obra; em segundo, o comércio, com 13%; e, em terceiro, a prestação de serviços com 7%.

O espaço Rio AcolhedorCom 84 mil metros quadrados de área, o Rio Acolhedor realiza acolhimento e atendimento especializado de pessoas em situação de rua e usuários de drogas. A faixa etária atendida começa em 18 anos, mas não possui limite máximo. Na parte interna, os dormitórios têm capacidade para 210 homens, 95 mulheres e 45 idosos. O prédio tem ainda 12 banheiros, ambulatório, ampla cozinha com refeitório, sala de TV, sala de atendimento social, salas de aula, leitura e artes manuais, biblioteca, laboratório de informática, auditório e área administrativa. As instalações contam com acessibilidade e também foram adaptadas para portadores de necessidades especiais.
O espaço oferece alfabetização para jovens e adultos, capacitação profissional, esportes e apoio à dependentes químicos. Todos os abrigados são incentivados a participar a estudar e fazer os cursos que serão oferecidos, aulas de iniciação à informática e oficinas profissionalizantes na área da construção civil. Os abrigados também têm a oportunidade de tirar nova documentação, participar de encaminhamentos focados no aumento do ensino, reaproximação familiar, capacitação profissional, questões habitacionais, inserção no mercado de trabalho, além de atividades recreativas, passeios e outras programações de entretenimento.
A área externa possui, além de um pátio de convivência, dois campos de futebol, sendo um oficial, um ginásio poliesportivo coberto com arquibancadas e duas piscinas, sendo uma delas semiolímpica. Para os idosos são ministradas aulas de hidroginástica, natação, artesanato, ginástica para a terceira idade e atividade de fonoaudiologia. As mulheres também podem participar das mesmas modalidades esportivas, porém a ginástica é localizada e ainda contam com atividades de recreação. Já os homens podem fazer futebol, natação, voleibol e futsal.
Para realizar este trabalho, a Unidade conta com uma equipe de 150 profissionais formada por psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, educadores físicos, enfermeiras, sociólogos, técnicos e fonoaudiólogos, entre outros.
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