quarta-feira, 16 de maio de 2012

Minc avalia equipamento para evitar emissão de fuligem pela CSA

Segundo o secretário, a estrutura é a principal exigência do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com a siderúrgica há um mês. O documento tem pouco mais de 100 pontos que precisam ser cumpridos em um prazo máximo de um ano após a assinatura, para que seja emitida a licença definitiva à empresa.
“O equipamento de enclausuramento do poço de emergência, de onde subia a nuvem de prata que perturbava a população do entorno, ficou pronto. Vimos o teste, em que foi virada uma panela de 300 toneladas de ferro-gusa [subproduto usado na fabricação do aço], e toda a fuligem foi capturada, com grandes coifas e exaustores”, disse.
Minc lembrou que a medida foi tomada após uma “queda de braço com a empresa”, que chegou a ser multada por dois episódios de emissão irregular de fuligem prata, no segundo semestre de 2010, em função de um problema no processo de despejo de ferro-gusa nos poços de emergência. Nas duas vezes, a poeira metálica atingiu casas próximas ao local onde está instalada a siderúrgica. “Foi uma exigência nossa, tivemos que embargar a empresa para que ela começasse a fazer isso”, acrescentou.
O secretário destacou que o equipamento, que custou R$ 33 milhões e tem capacidade de reduzir até 95% de todas as emissões possíveis, é inédito na siderurgia mundial. A exigência foi definida após uma auditoria independente de padrão internacional, que durou oito meses e foi determinada pela secretaria.
Minc ressaltou que, durante a vistoria de hoje, também foi verificado outro ponto que consta do TAC: o fechamento do corredor do alto-forno de onde sai o ferro-gusa, por onde pode haver emissão de vapor com partículas. Ele disse que a obra para o fechamento do corredor está em andamento, com previsão de conclusão em setembro. “Só sai a licença [definitiva] com todos os pontos cumpridos. Temos que manter o ambiente preservado, o emprego [das pessoas] seguro e os pulmões sem agressão,”
A CSA informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a empresa está trabalhando para cumprir todos as exigências o mais rápido possível e lembrou que, desde 2010, não há registro de novos episódios de emissão de fuligem pela siderúrgica.
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