Segundo
o secretário, a estrutura é a principal exigência do Termo de
Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com a siderúrgica há um mês. O
documento tem pouco mais de 100 pontos que precisam ser cumpridos em um
prazo máximo de um ano após a assinatura, para que seja emitida a
licença definitiva à empresa.
“O equipamento de enclausuramento do
poço de emergência, de onde subia a nuvem de prata que perturbava a
população do entorno, ficou pronto. Vimos o teste, em que foi virada uma
panela de 300 toneladas de ferro-gusa [subproduto usado na fabricação
do aço], e toda a fuligem foi capturada, com grandes coifas e
exaustores”, disse.
Minc lembrou que a medida foi tomada após uma
“queda de braço com a empresa”, que chegou a ser multada por dois
episódios de emissão irregular de fuligem prata, no segundo semestre de
2010, em função de um problema no processo de despejo de ferro-gusa nos
poços de emergência. Nas duas vezes, a poeira metálica atingiu casas
próximas ao local onde está instalada a siderúrgica. “Foi uma exigência
nossa, tivemos que embargar a empresa para que ela começasse a fazer
isso”, acrescentou.
O secretário destacou que o equipamento, que
custou R$ 33 milhões e tem capacidade de reduzir até 95% de todas as
emissões possíveis, é inédito na siderurgia mundial. A exigência foi
definida após uma auditoria independente de padrão internacional, que
durou oito meses e foi determinada pela secretaria.
Minc
ressaltou que, durante a vistoria de hoje, também foi verificado outro
ponto que consta do TAC: o fechamento do corredor do alto-forno de onde
sai o ferro-gusa, por onde pode haver emissão de vapor com partículas.
Ele disse que a obra para o fechamento do corredor está em andamento,
com previsão de conclusão em setembro. “Só sai a licença [definitiva]
com todos os pontos cumpridos. Temos que manter o ambiente preservado, o
emprego [das pessoas] seguro e os pulmões sem agressão,”
A
CSA informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a empresa
está trabalhando para cumprir todos as exigências o mais rápido possível
e lembrou que, desde 2010, não há registro de novos episódios de
emissão de fuligem pela siderúrgica.
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