sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Thyssen Krupp aposta em potencial do Brasil e dos EUA

Maior siderúrgica da Alemanha enfrenta problemas com atrasos e alto custo na construção da usina Companhia Siderúrgica do Atlântico

A empresa alemã de siderurgia e engenharia Thyssen Krupp afirmou que ainda confia no potencial de suas novas usinas no Brasil e nos EUA, apesar de a construção das fábricas ter sido muito mais cara do que o originalmente planejado.
"Nós estamos convencidos de que o mercado americano oferece perspectivas promissoras para nossos produtos de aço plano premium", declarou o executivo-chefe, Heinrich Hiesinger, aos acionistas da empresa durante a reunião anual geral realizada nesta sexta-feira.

Hiesinger também reiterou que os resultados da Thyssen Krupp no primeiro trimestre fiscal de 2012 - que terminou em 30 de setembro - ficaram consideravelmente abaixo do nível do mesmo período do ano anterior. O desempenho fraco foi devido principalmente à queda nos volumes de vendas e nos ganhos em sua divisão de aço na Europa, que tem sofrido com a pequena demanda em razão do ambiente econômico incerto.
Um sólido desempenho na divisão de tecnologias - que fabrica produtos como elevadores e embarcações - foi contrabalançado pela redução dos lucros na unidade de aço europeia e pelas contínuas perdas na unidade de aço das Américas.
Hiesinger afirmou que a Steel Americas, unidade que controla usinas de 12 bilhões de dólares no Brasil e nos Estados Unidos, vai ficar no vermelho novamente no primeiro trimestre fiscal. No entanto, Hiesinger não respondeu diretamente a recentes relatos da imprensa que especularam que as unidades da Thyssen Krupp no Brasil e nos EUA poderiam ser vendidas. O executivo disse que a companhia está trabalhando duro para finalizar as fábricas e acrescentou que os custos das novas unidades terão de ser "otimizados".
Analistas do JP Morgan disseram que, se a Thyssen Krupp optar por vender a Steel Americas no longo prazo, siderúrgicas como a Ternium, que acabou de entrar no grupo de controle da Usiminas, ou a Companhia Siderúrgica Nacional poderiam ser compradores potenciais.
A maior siderúrgica da Alemanha tem enfrentado dificuldades com atrasos e custos além do orçado na construção da usina Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), localizada no distrito industrial de Santa Cruz, Rio de Janeiro. No ano passado, a empresa anunciou que os problemas tinham arrastado a companhia para o prejuízo.
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