Maior siderúrgica da Alemanha enfrenta problemas com atrasos e alto custo na construção da usina Companhia Siderúrgica do Atlântico
A empresa alemã de siderurgia e engenharia Thyssen Krupp afirmou que
ainda confia no potencial de suas novas usinas no Brasil e nos EUA,
apesar de a construção das fábricas ter sido muito mais cara do que o
originalmente planejado.
"Nós estamos convencidos de que o mercado americano oferece
perspectivas promissoras para nossos produtos de aço plano premium",
declarou o executivo-chefe, Heinrich Hiesinger, aos acionistas da
empresa durante a reunião anual geral realizada nesta sexta-feira.
Hiesinger também reiterou que os resultados da Thyssen Krupp no
primeiro trimestre fiscal de 2012 - que terminou em 30 de setembro -
ficaram consideravelmente abaixo do nível do mesmo período do ano
anterior. O desempenho fraco foi devido principalmente à queda nos
volumes de vendas e nos ganhos em sua divisão de aço na Europa, que tem
sofrido com a pequena demanda em razão do ambiente econômico incerto.
Um sólido desempenho na divisão de tecnologias - que fabrica produtos
como elevadores e embarcações - foi contrabalançado pela redução dos
lucros na unidade de aço europeia e pelas contínuas perdas na unidade de
aço das Américas.
Hiesinger afirmou que a Steel Americas, unidade que controla usinas de
12 bilhões de dólares no Brasil e nos Estados Unidos, vai ficar no
vermelho novamente no primeiro trimestre fiscal. No entanto, Hiesinger
não respondeu diretamente a recentes relatos da imprensa que especularam
que as unidades da Thyssen Krupp no Brasil e nos EUA poderiam ser vendidas.
O executivo disse que a companhia está trabalhando duro para finalizar
as fábricas e acrescentou que os custos das novas unidades terão de ser
"otimizados".
Analistas do JP Morgan disseram que, se a Thyssen Krupp optar por
vender a Steel Americas no longo prazo, siderúrgicas como a Ternium, que
acabou de entrar no grupo de controle da Usiminas, ou a Companhia
Siderúrgica Nacional poderiam ser compradores potenciais.
A maior siderúrgica da Alemanha tem enfrentado dificuldades com atrasos
e custos além do orçado na construção da usina Companhia Siderúrgica do
Atlântico (CSA), localizada no distrito industrial de Santa Cruz, Rio
de Janeiro. No ano passado, a empresa anunciou que os problemas tinham
arrastado a companhia para o prejuízo.









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