Em 28 de abril foi assinado um termo de cooperação técnica entre o
Inea e o Centro Tecnológico do Exército - CTEx, definindo uma série de
ações integradas de proteção ambiental da Reserva Biológica de Guaratiba
- RBG e seu entorno. O CTEx é vizinho da Reserva e já vem colaborando
historicamente em ações para a preservação desta Unidade de Conservação.
O Inea, na ocasião, se comprometeu em capacitar anualmente
militares do CTEx dentro do programa de Guarda-Parques, promover o
cercamento das áreas, instalar sinalização educativa ao longo dos
trechos entre a RBG e o CTEx e elaborar, em conjunto com o CTEx, uma
série de planos de proteção da unidade. Conforme o diretor de
Biodiversidade e Áreas Protegidas do Inea, André Ilha, a Reserva já está
recebendo cercamento completo, com mourões de concreto e arame farpado e
sinalização, com 14 grandes placas, ao longo da Estrada de Barra de
Guaratiba e da Avenida das Américas.
A Reserva Biológica de Guaratiba - RBG está hoje com 3.600
hectares e vão atuar no local 200 soldados do Exército como
guarda-parques, um homem para cada 18 hectares, o que segundo informação
do Inea deixará essa unidade de conservação a mais bem protegida do
estado. Os militares concluíram nesta quinta-feira o treinamento do
Instituto Estadual do Ambiente (Inea) conforme previsto no termo de
cooperação técnica. Além de combaterem focos de incêndio e pesca
irregular, eles promoverão ações de educação ambiental e farão inspeções
diárias para impedir invasões.
Com a construção do Túnel da Grota Funda, espera-se um
crescimento acentuado da região de Guaratiba com possíveis tentativas de
invasão na unidade. O Inea, entretanto manterá sua responsabilidade
sobre a reserva de Guaratiba. Mas o Exército fará o trabalho de campo.
Quando houver qualquer ocorrência, o Inea será chamado e assumirá o
caso.- Vamos ter condições excepcionais de fiscalização em Guaratiba. A pesca clandestina é um grande problema na unidade. Contaremos com uma nova embarcação e instalaremos cabos de aço para impedir a navegação de pesqueiros. Além disso, há o combate a incêndios, que geralmente vêm de fora da reserva, disse o montanhista André Ilha, diretor do Inea.
Em entrevista ao Jornal Extra, o capitão Tércio Brum, responsável pela área ambiental do Ctex, diz que não é possível dizer quanto será gasto no novo trabalho do Exército, uma vez que não haverá um orçamento novo ou diferente do custo de manutenção da unidade.
- Vamos estar sempre de prontidão. O militar sabe que pode ser acionado a qualquer hora. O Exército precisa de áreas para treinamento. Nossa preocupação é manter o bem público. Temos a tarefa de preservar o meio ambiente, disse Brum.
Fonte: Portal Guaratiba
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