Neste sábado (11), jovens atores do grupo Movanos encenaram a comédia musical "O Auto das Consciências", no anfiteatro da Universidade Castelo Branco campus Realengo.
A cultura afro-brasileira foi o foco da comédia musical que trouxe à tona questões de alta relevância na sociedade moderna como: racismo, desigualdade social, preconceitos religiosos e as dificuldades enfrentadas por negros nas universidades e mercado de trabalho. De forma sátira, o espetáculo fez o público pensar de forma crítica frente à estes assuntos.
— O nosso trabalho como artista e ativista, que não está aqui apenas para pegar o dinheiro do show, é levar a crítica para o pensamento e para as famílias dos nossos jovens. Muitos pais perguntaram se teriam homossexuais na peça e não queriam que seus filhos participassem se houvessem. Eu precisei se reunir com estes pais e explicar a proposta do musical, e tudo foi muito transparente para eles saberem que estamos trabalhando seriamente — relata o dramaturgo de "O Auto das Consciências", Lu Fortunato.
Após o evento rolou um bate-papo com os diretores do musical e especialistas nos temas propostos.
— Foram oito meses de trabalho árduo para tudo sair como o planejado. Isso aqui é muito mais do que uma simples apresentação, há todo um processo de construção anterior, de engajamento e luta política com eles, com os pais e professores, até chegar nesta bela obra que fez todos se sentirem tocados. Temos um grupo de 30 alunos/atores, eu vejo grande talento em todos — disse Hudson Batista, diretor do musical.
Direção: Hudson Batista
Texto: L Fortunato
Direção Musical: Elvécio Martins
Direção de Movimento: Dudu Garcia
Elenco: Elvécio Martins, Franciene Glória, Léo Leal, Matheus Siar.
Participação Especial: Estudantes do Colégio Estadual Monsenhor Miguel De Santa Maria Monchón
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