domingo, 14 de maio de 2017

Serviço de trens da linha Santa Cruz deixa população indignada

Alvos de reclamação constante, os trens da SuperVia, no ramal Santa Cruz, continuam a não apresentar melhorias nos atrasos que dificultam a vida de trabalhadores da Zona Oeste

Trem enguiçado e população tem que esperar chegar um outro trem, também lotado, para tentar entrar e depois se espremer ao máximo dentro do vagão.

A população que precisa utilizar, diariamente, os trens que vão de Santa Cruz até o Centro do Rio encontra-se indignada com os recorrentes atrasos e falhas mecânicas, apresentados pelos veículos. Alguns problemas que a SuperVia trata como “eventualidades”, na verdade, ocorrem de maneira constante, todos os dias. Usuários da linha afirmam sofrer descaso por parte da concessionária e das autoridades que cuidam dos transportes na cidade.

O senhor Silva (60), que é funcionário da Defensoria Pública e morador da Zona Oeste a mais de 30 anos, fala sobre os transtornos diários que enfrenta para chegar ao trabalho utilizando os trens desse ramal. — Meu trajeto até o trabalho deveria ser de aproximadamente uma hora, porém, por causa de contratempos na linha, acabo levando até duas horas e meia para chegar ao serviço. Não consigo entender quais são os reais problemas que fazem o trem ficar parado tanto tempo. Para mim isso é apenas descaso com o cidadão, atualmente, o ramal Santa Cruz é o pior de todos os ramais da SuperVia. Houve uma pequena melhora no período das Olimpíadas, mas passou explica.

A estudante de jornalismo, Evelyn Caroline (27), precisa pegar o trem de Realengo, bairro onde mora, até a Central do Brasil, de segunda a sexta-feira para comparecer ao estágio. A jovem explica que faz reclamações diárias sobre a má qualidade do serviço, tenta apelar até para as redes sociais, mas nada adianta.

Em relação a superlotação, isso até deu uma melhorada, mas o serviço prestado pela Supervia, nesse ramal, continua muito ruim. São atrasos que acontecem do nada, problemas que ocorrem sem motivo. A falta de preparo dos seguranças também é grande, diversas vezes já vi várias pessoas passando mal e eles não tem nenhum tipo de preparo para ao menos prestar o primeiro socorro. A volta para casa é outro transtorno.  Do nada, solicitam a desocupação de trens que já estão de saída, porque eles simplesmente avariaram. E é isso que ocorre todos os dias — desabafa.

Estação Engenho de Dentro reformada. foto: divulgação

A SuperVia esclarece que no geral existem mais de 100 estações, sendo que 21 foram reformadas nos últimos cinco anos como: Engenho de Dentro, Vila Militar, Deodoro, Magalhães Bastos e São Cristóvão. Conta também com mais de 1.000 viagens por dia, 95% delas feitas em trens com ar-condicionado. E o grande desafio é transportar em média 700 mil passageiros por dia e que as melhorias são constantes, e também estão sempre revendo os possíveis transtornos.

A linha Santa Cruz liga o centro da cidade até o extremo oeste da capital. Esse ramal deveria ser alvo de maior expansão, pois está abrigado na parte da cidade onde há o maior índice de crescimento populacional.

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