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Relógio da Central do Brasil no Rio de Janeiro - foto/reprodução |
Desfilam na apoteose dos trens cariocas de Santa Cruz até a Central do Brasil uma diversidade cultural que impressiona pela sua beleza. Em um tour feito por dentro dos trens da SuperVia, com a intenção de perceber as pequenas coisas que passam despercebidas no cotidiano dos trabalhadores que enfrentam os trilhos para fugir do caótico asfalto do Rio, cheguei a conclusão que o amor ainda existe e reina absoluto nos pequenos detalhes que estão ao nosso redor.
Encontramos de tudo um pouco nessa viajem: cantores, atores, vendedores de tudo o que você imaginar, cosplays — me deparei com uma menina vestida de Sakura um dia desses —, sósias, religiosos etc, basta olharmos sob uma ótica diferente a habitual. Em minutos dentro do transporte me deparo com um cantor de pagode todo animado puxando um pagodinho logo cedo com sua turma e vendedores, vendendo seus CD’s com impressionantes 300 músicas por cinco reais — sim, continuei a viajem mais feliz – o que é muito legal.
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Pagode dentro do trem. Passageiros se divertem com música de qualidade |
Após andar por alguns vagões aprendo nova cultura musical. Alguns jovens cantando um Gospel bem suave no violão, ritmo relaxante, com poucas pessoas no local. Achei sensacional a iniciativa. Perguntados do porquê de estarem ali cantando sem pedir nada em troca, os integrantes do grupo argumentaram que levar a palavra de Cristo para as pessoas com o auxilio da música os trás paz.
— Queremos demonstrar que para sermos Cristãos não precisamos ser ”caretas e chatos” lendo versículos bíblicos o tempo todo, pois isso só afasta o não Cristão de conhecer o Cristianismo. Fazemos isso com amor, quem olha pra gente nem imagina que tocaremos algo Evangélico como Rock alternativo ou contemporâneo.
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Música boa de todos os estilos para todos os gostos |
Isso é apenas uma pequena parte do que rola dentro dos vagões no dia a dia e que, muitas vezes, não vemos. O trem é um ambiente cultural diversificado, aprendemos de tudo um pouco.
Às vezes não enxergamos o lado bom da vida, somente chega à nossa mente as dificuldades e o ”achismo” que tudo a nossa volta é ruim e tem que melhorar a qualquer preço. Porém, com toda certeza, há mais pessoas boas do que ruins em nossa sociedade, não temos o dever de ficar julgando e estereotipando pessoas, coisas e lugares, temos que fazer como os cantores populares, os vendedores e as figuras icônicas dos trens urbanos que levam felicidade para todos. Assim, também estaremos aumentando drasticamente nosso valor social. O RESPEITO é a chave para estabelecermos uma sociedade mais humana.
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