quinta-feira, 18 de maio de 2017

Nos trilhos que passam pela Zona Oeste

Relógio da Central do Brasil no Rio de Janeiro - foto/reprodução
Desfilam na apoteose dos trens cariocas de Santa Cruz até a Central do Brasil uma diversidade cultural que impressiona pela sua beleza. Em um tour feito por dentro dos trens da SuperVia, com a intenção de perceber as pequenas coisas que passam despercebidas no cotidiano dos trabalhadores que enfrentam os trilhos para fugir do caótico asfalto do Rio, cheguei a conclusão que o amor ainda existe e reina absoluto nos pequenos detalhes que estão ao nosso redor.

Encontramos de tudo um pouco nessa viajem: cantores, atores, vendedores de tudo o que você imaginar, cosplays — me deparei com uma menina vestida de Sakura um dia desses —, sósias, religiosos etc, basta olharmos sob uma ótica diferente a habitual. Em minutos dentro do transporte me deparo com um cantor de pagode todo animado puxando um pagodinho logo cedo com sua turma e vendedores, vendendo seus CD’s com impressionantes 300 músicas por cinco reais — sim, continuei a viajem mais feliz – o que é muito legal.
Pagode dentro do trem. Passageiros se divertem com música de qualidade
Após andar por alguns vagões aprendo nova cultura musical. Alguns jovens cantando um Gospel bem suave no violão, ritmo relaxante, com poucas pessoas no local. Achei sensacional a iniciativa. Perguntados do porquê de estarem ali cantando sem pedir nada em troca, os integrantes do grupo argumentaram que levar a palavra de Cristo para as pessoas com o auxilio da música os trás paz. 

— Queremos demonstrar que para sermos Cristãos não precisamos ser ”caretas e chatos” lendo versículos bíblicos o tempo todo, pois isso só afasta o não Cristão de conhecer o Cristianismo. Fazemos isso com amor, quem olha pra gente nem imagina que tocaremos algo Evangélico como Rock alternativo ou contemporâneo.

Música boa de todos os estilos para todos os gostos
Isso é apenas uma pequena parte do que rola dentro dos vagões no dia a dia e que, muitas vezes, não vemos. O trem é um ambiente cultural diversificado, aprendemos de tudo um pouco.

Às vezes não enxergamos o lado bom da vida, somente chega à nossa mente as dificuldades e o ”achismo” que tudo a nossa volta é ruim e tem que melhorar a qualquer preço. Porém, com toda certeza, há mais pessoas boas do que ruins em nossa sociedade, não temos o dever de ficar julgando e estereotipando pessoas, coisas e lugares, temos que fazer como os cantores populares, os vendedores e as figuras icônicas dos trens urbanos que levam felicidade para todos.  Assim, também estaremos aumentando drasticamente nosso valor social. O RESPEITO é a chave para estabelecermos uma sociedade mais humana.

Postagem anterior
Próximo post

Post escrito por:

0 comentários:

Sua opinião sobre o assunto e seus comentários são importantes para o aperfeiçoamento de nosso trabalho e a perfeita visão do que acontece em nossa Zona Oeste.

Junte-se a nós