Com
uma área de 4.398 hectares, abrigando florestas exuberantes,
cachoeiras e uma grande variedade de pássaros e mamíferos, o Parque
Estadual do Mendanha foi criado, na última sexta-feira, pelo governo do
estado. Além da capital, a unidade de conservação abrange os municípios
de Nova Iguaçu e Mesquita. O Mendanha tem remanescentes florestais com
alto índice de biodiversidade.
Duas
audiências públicas precederam a criação do novo parque. A região já
era protegida por uma Área de Proteção Ambiental (APA), categoria mais
flexível do ponto de vista ambiental.
De
acordo com o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, o maciço do
Gericinó-Mendanha vem sofrendo com mineração clandestina, extração
ilegal de recursos naturais e atividades desordenadas de lazer e
turismo.
Há
a previsão de até 2014 de instalação de uma Unidade de Policiamento
Ambiental (Upam) no local. Um parque é uma unidade mais restritiva, que
garante a conservação dessa joia da floresta atlântica do Rio.
A fauna do Mendanha conta com a presença de jaguarundi (Puma yagouaroundi), paca (Agouti paca) e uma população reduzida de macacos-prego (Cebus apela). Na flora, destaque para o jequitibá-rosa (Cariniana legalis) e o cedro-rosa (Cedrela fissilis).
O
Mendanha é o 19º parque estadual do Rio. O gestor da unidade será o
geógrafo Dario Moreira, formado pela UFRJ. Os recursos para a instalação
da unidade e do posto policial virão do Fundo da Mata Atlântica,
abastecido por compensações ambientais de empreendimentos licenciados. A
cachoeira onde seis jovens foram torturados e mortos por traficantes,
em setembro do ano passado, está dentro dos limites do novo parque.
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