Moradores
de Campo Grande, na Zona Oeste, tiveram suas casas devastadas por
conta do rompimento de uma adutora da Cedae que provocou a morte de uma
criança e feriu outras 13 pessoas. O rompimento ocorreu por volta das
6h na altura do número 4.500 da Estrada do Mendanha.
Casas
e carros ficaram destruídos com a força da água, lançada em um jato
que alcançou 20 metros, de acordo com Marcos Djalma, tenente do Corpo
de Bombeiros. Ainda não há informação do que provocou o rompimento da
adutora.
Cabral
disse à imprensa que os moradores do entorno da adutora não ficarão
desassisitdos. “Nós estamos aqui para dar todo apoio, seja ele
material, seja ele psicológico, para essas famílias que tiveram nesta
manhã um momento de terror. A primeira providência é que todas elas hoje
terão um teto para ficar. Já estão sendo levantados todos os hotéis da
área, da região. Já estão reservados pela Cedae, portanto não vai ter
nenhum tipo de acolhimento destas pessoas. Nenhuma delas vai precisar
ficar na escola. Terão as hospedagens garantidas pelo tempo que for
necessário”, disse o governador.
Já
o prefeito Eduardo Paes ressaltou que quer apurar as causas do
acidente. “A gente vai buscar dar todo acolhimento. Neste momento é
tentar encontrar alternativa para as pessoas e olhar o que aconteceu,
quais foram as razões do acidente”, disse.
Pai chora morte de filha
Muito abalado e chorando, Fernando dos Santos, pai da menina Isabela Severo dos Santos, de 3 anos, que morreu no alagamento provocado pelo rompimento de uma adutora no bairro de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, disse que ficou sabendo do ocorrido pela televisão.
Muito abalado e chorando, Fernando dos Santos, pai da menina Isabela Severo dos Santos, de 3 anos, que morreu no alagamento provocado pelo rompimento de uma adutora no bairro de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, disse que ficou sabendo do ocorrido pela televisão.
"Eu
vi o que tinha acontecido pela televisão. Quando eu e meu irmão fomos
ver, soubemos que ela [Isabela] tinha ficado presa. Eles [bombeiros]
tentaram reanimá-la o tempo todo, mas ela não aguentou. Minha filha ia
fazer 4 anos no dia 17 de agosto. Ela era uma criança maravilhosa",
desabafou o auxiliar de farmácia, que acrescentou ainda que os vizinhos
tentaram resgatar a menina.
O
comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, também
lamentou a morte de Isabela. "Eu lamento profundamente o óbito da
criança. Nós tentamos reanimá-la a todo o momento, durante o trajeto até
o hospital. Ainda estamos vendo a dimensão do estrago", disse o
coronel Sergio Simões, dos Bombeiros.
Diversas
residências foram alagadas, com a água chegando a 2 metros de altura
em alguns pontos, de acordo com moradores. Muitas pessoas ficaram
ilhadas. Segundo o secretário de Defesa Civil do município, Márcio
Motta, pelo menos três quarteirões foram isolados.
Ao todo, segundo a Defesa Civil municipal, a inundação deixou 70 desalojados e 72 desabrigados. Dezessete casas desabaram.
Carros
e ambulâncias dos quartéis de Campo Grande e Santa Cruz foram para o
local. Um bote salva-vidas foi usado no resgate de moradores. Equipes da
Defesa Civil municipal e agentes da Polícia Militar também foram
enviados.
Técnicos
da Cedae realizam manobras para evitar o desabastecimento na Zona
Oeste e em outras regiões da cidade após o rompimento da adutora
Henrique Novaes. A concessionária explicou que foi desligado o registro
que abastece a tubulação rompida, possibilitando a transferência dos 6
mil litros por segundo de água que passariam por ela para outras linhas
próximas, mantendo o fornecimento de água às regiões abastecidas pela
adutora: Jabour, Mendanha, Lameirão e parte dos bairros de Santa Cruz,
Campo Grande, Santíssimo, Bangu, Padre Miguel e Realengo.
A respeito de possível falta d'água, a Cedae informa que apenas a região do entorno do rompimento, parte de Bangu e de Santíssimo poderão sentir redução no abastecimento.
A respeito de possível falta d'água, a Cedae informa que apenas a região do entorno do rompimento, parte de Bangu e de Santíssimo poderão sentir redução no abastecimento.
Ressarcimento
O diretor de operações da Cedae, Jorge Briard, informou que a empresa vai ressarcir integralmente todos os moradores. Equipes de assistência social estão no local para realizar o cadastro dos desabrigados.
O diretor de operações da Cedae, Jorge Briard, informou que a empresa vai ressarcir integralmente todos os moradores. Equipes de assistência social estão no local para realizar o cadastro dos desabrigados.
Saldo da tragédia
1 Morto
13 Feridos
70 desalojados
12 casas destruídas
3 quarteirões isolados
2 metros de água nas casas
Luz desligada por segurança
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