Em Santa Cruz, a estação só tem iluminação na cabine e no letreiro, prejudicando a circulação de passageiros que usam o meio de transporte
Empreiteiras alegam que pararam trabalho porque a empresa de engenharia não pagou pelo serviço. A firma acusada nega e diz que obras tiveram problemas
Na mesma linha, duas realidades diferentes. Enquanto as estações do BRT
Transoeste na Barra e Recreio funcionam iluminadas, limpas e com
segurança, nos trechos de Santa Cruz a Paciência o cenário não é bem
este.
Além do asfalto ser pior nas áreas das estações dos "primos
pobres" do BRT, como Vila Paciência, Três Pontes, Cesarinho e Cesarão
II, elas estão próximas a comunidades não pacificadas e com pouca
segurança.
Até pessoas armadas circulam por perto. Funcionam com pouca iluminação, lâmpadas espaçadas e passarelas escuras.
O motivo alegado por empresa fornecedora da luz que não terminou o
serviço nos pontos citados já inaugurados é um calote de cerca de R$ 850
mil da empreiteira responsável pelas obras no trecho que vai de Campo
Grande a Santa Cruz, a Sanerio Engenharia, pelo trabalho já feito nas
outras estações.
A Sanerio nega atraso no pagamento e diz que as obras dos empreiteiros
apresentaram problemas. De acordo com a empreiteira, ela teria recebido
R$ 84 milhões da Prefeitura do Rio para fazer o trecho, que vai de Campo
Grande até Santa Cruz.
Outras fornecedoras do BRT Transoeste também afirmaram que não vão dar
continuidade ao serviço “por não quererem trabalhar de graça”, como a
responsável pelas portas automáticas, a Prime Portas Automáticas.
A empresa diz que não entregará as 72 portas que faltam porque a
Sanerio ainda não lhe pagou mais de R$ 1 milhão pelo o serviço feito em
estações já inauguradas.
Na Barra da Tijuca, estação está bem iluminada e o entorno também, o
que facilita o acesso dos passageiros mesmo durante a noite
A empresa responsável pelo piso e parte elétrica, a Ms Damato Serviços,
relata a mesma situação. Calcula uma pendência de R$ 200 mil por conta
da empreiteira.
“Nem a empresa que fornece as quentinhas tem recebido em dia. Por isso,
as obras foram paralisadas pelos vários fornecedores, que têm contas a
pagar pelo material e funcionários utilizados nas obras”, disse um
empresário que não quis se identificar.
Sanerio aponta erros na finalização da obra A Sanerio, por meio de nota, negou que acumula qualquer dívida com as empresas citadas e que, pelo contrário, “as obras executadas pelos fornecedores registram problemas de finalização que precisam ser sanados” e os contratos ainda não se encerraram. Porém, afirmou que “não há hipótese de interrupção das obras em função de pendências com fornecedores”. A que fornece aço, por exemplo, já teria sido excluída. Além disso, diz que já entregou 15 das 30 estações previstas no contrato. As outra 13 estariam “semiprontas” e outras duas “em fase de construção”. De acordo com a Secretaria Municipal de Obras, todas as estações da linha de Santa Cruz a Campo Grande devem ser entregues até o final deste semestre e informou que, caso a empreiteira descumpra o contrato, ela poderá ser penalizada com as sanções previstas na legislação. Além disso, afirmou que problemas comerciais entre empresas e seus subfornecedores não são de responsabilidade da Prefeitura do Rio.
Sanerio aponta erros na finalização da obra A Sanerio, por meio de nota, negou que acumula qualquer dívida com as empresas citadas e que, pelo contrário, “as obras executadas pelos fornecedores registram problemas de finalização que precisam ser sanados” e os contratos ainda não se encerraram. Porém, afirmou que “não há hipótese de interrupção das obras em função de pendências com fornecedores”. A que fornece aço, por exemplo, já teria sido excluída. Além disso, diz que já entregou 15 das 30 estações previstas no contrato. As outra 13 estariam “semiprontas” e outras duas “em fase de construção”. De acordo com a Secretaria Municipal de Obras, todas as estações da linha de Santa Cruz a Campo Grande devem ser entregues até o final deste semestre e informou que, caso a empreiteira descumpra o contrato, ela poderá ser penalizada com as sanções previstas na legislação. Além disso, afirmou que problemas comerciais entre empresas e seus subfornecedores não são de responsabilidade da Prefeitura do Rio.
Fonte: O Dia On-line
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