O produtor de aipim Otavio Miyata com os chefes Joca Mesquita e Teresa Corção
Já é época de colheita em Santa Cruz. E não só de aipim, mas também
de informações de incentivo à produção no bairro. Uma tarefa que os
"ecochefes" da alta gastronomia carioca, como Teresa Corção, têm feito
na Associação Rural Nipo Brasileira de Santa Cruz, a colônia japonesa
que enfrenta vários problemas no cultivo.
Como conheceu o baby aipim produzido em Santa Cruz?
Os agricultores arrancaram o aipim da terra e me mostraram uns grandes. Reparei nos pequeninos, presos ao caule. Mostrei para eles, que riram muito e me falaram que os jogavam fora. Colhemos e cozinhamos. E vimos que era uma delícia! Levei para o Claude Troisgros (chefe de cozinha renomado) que, por sua vez, levou para o festival Gastronomika, em San Sebastian, na Espanha. Do lixo ao luxo em meses.
Como os chefs estão ajudando os agricultores?
Somos chamados para ajudar a pensar saídas para que não acabe a atividade agrícola, já em sério risco de extinção na região. A prefeitura não reconhece essa atividade agrícola no bairro.
Como está essa relação com os produtores?
Eles são necessários. A atividade tem valor, e eles têm motivos para se orgulhar da profissão. Não há chefe sem agricultor.
Fonte: Jornal Extra
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