Harmonia, reciprocidade, entendimento e parceria são algumas das características que marcam o bom relacionamento entre os diretores da Escola e do Colégio Professor Vieira Fazenda.
Vivemos,
neste finalzinho de janeiro de 2013, a transição entre as férias
escolares e o período de acolhimento dos professores e alunos da Rede
Municipal de Educação do Rio de Janeiro.
O
início de mais um ano letivo está previsto para acontecer já no dia 1º
de fevereiro, com a apresentação de todos os professores. As aulas
começarão no dia 18 de fevereiro, mas aproveito esta reticência temporal
para falar um pouco sobre a Escola Municipal Professor Vieira Fazenda,
uma das unidades escolares localizadas na Barra de Guaratiba, região
litorânea da Zona Oeste da nossa cidade.
A
Escola Vieira Fazenda funciona em três turnos. Na parte da manhã e à
tarde, o prédio é ocupado pela Rede Municipal de Educação. À noite, no
terceiro turno, é a vez do Estado, com o prédio escolar recebendo turmas
do Ensino Médio.
As
salas são pequenas, mas muito acolhedoras. O prédio escolar ocupa
dependências de uma antiga garagem pertencente ao Exército. A escola
está localizada no início da paradisíaca Praia da Restinga da Marambaia,
nas proximidades da Ilha de Guaratiba.
Pela
documentação que foi preservada, trata-se de uma escola bastante
antiga. As listagens com a composição de turmas e relação de alunos nos
remetem ao ano de 1949.
Tanto
o diretor do 1º e 2º turnos, professor Anderson Luís José da Silva,
quanto o seu diretor adjunto, professor Antonio Carlos Batista Suzano,
como também o diretor da noite, professor Antonio Carlos Tavares,
possuem licenciatura em História. São, também, pesquisadores
interessados no desvendamento de fatos relacionados à História da região
de Guaratiba e, em especial, sobre as origens da Escola Vieira Fazenda e
a biografia do seu patrono.
Pelas
informações que já foram apuradas, a escola, que em 1949, pertencia ao
14º Distrito Educacional do Departamento de Educação Primária da
Prefeitura do Distrito Federal, era conhecida apenas pela sua designação
19.14. Somente mais tarde, passou a homenagear o médico José Vieira
Fazenda, muito conhecido pelos trabalhos de benemerência na Santa Casa
de Misericórdia do Rio de Janeiro e pela sua atuação como cronista,
autor das famosas "Antiqualhas e Memórias do Rio de Janeiro".
Parece
ser definitiva a versão de que a escola era bastante antiga. Talvez já
existisse em finais do século XIX ou princípios do século XX, quando,
pelas informações
orais já apuradas, o prédio desabou após chuvas torrenciais, passando
ocupar as instalações atuais, da antiga garagem do quartel.
Se, no diurno, é uma escola municipal, à noite passa a denominar-se Colégio Estadual Professor Vieira Fazenda.
O
trabalho parceiro e sintonizado tem sequência também no 3º turno.
Afinal, o diretor da escola municipal é professor de História na parte
da noite, assim como o gestor do colégio é professor de História da
mesma escola, enquanto funciona sob a responsabilidade municipal.
Harmonia,
aproximação, compartilhamento, correspondência de interesses coletivos e
até planejamento de atividades conjuntas são alguns dos pontos que
merecem citação e aplausos, quando falamos da Escola Municipal ou do
Colégio Professor Vieira Fazenda.
Recebendo
o representante do Rioeduca na 10ª CRE, em reunião realizada no dia 17
de janeiro de 2013, o diretor Anderson, o diretor adjunto Antonio Carlos
e a coordenadora pedagógica Suzana Huguenin falaram sobre o excelente
entendimento entre as direções da escola municipal e do colégio
estadual, citando em particular a Feira de Informação Profissional.
A
“FIP”, como foi batizada a feira, teve como principal objetivo
transmitir aos alunos, tanto da escola como do colégio, as informações
essenciais sobre o ensino técnico.
De
acordo com o texto de Ana Paula Verly, do
sitewww.conexaoaluno.rj.gov.br , a “FIP” tornou possível o contato dos
alunos, ainda adolescentes, com um universo variado de profissões.
A
1ª Feira de Informação Profissional teve como subtítulo temático: “Seu
futuro está na escola”, proporcionando aos estudantes possibilidade de
conversarem com representantes de instituições de educação técnica e de
orientação vocacional da região.
O
diretor Anderson Luís José da Silva, da E.M. Professor Vieira Fazenda,
listou algumas das instituições presentes na 1ª FIP, destacando: Serviço
Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC); Escola Técnica do Rio de
Janeiro (Eterj), Colégio Técnico da Universidade Rural (CTUR), Faetec
(unidade Santa Cruz), C. E. Erich Walter Heine, Centro Interescolar
Estadual Miécimo da Silva, Projeto Rio Criança Cidadã (PRCC), Escola de
Sargento de Logística do Exército (EsLog), Escola de Música Villa-Lobos
(unidade Paracambi), entre outras.
De
acordo com o diretor adjunto, professor Antonio Carlos Batista Suzano,
durante a FIP cada sala de aula abrigou uma das escolas técnicas
presentes. O anfiteatro da escola foi usado pela equipe de orientação
vocacional, constituída por psicólogos, onde os alunos puderam
esclarecer suas dúvidas sobre o mercado de trabalho e exigências para a
capacitação técnica.
Para
a professora Suzana Huguenin, coordenadora pedagógica da E.M. Vieira
Fazenda, a avaliação foi bastante positiva, não apenas pelos gestores,
como também pelos professores, pais, responsáveis e pelos próprios
alunos.
Suzana
lembrou também que a Feira cumpriu o papel fundamental de mostrar aos
jovens e adolescentes da Barra de Guaratiba as inúmeras possibilidades
profissionais futuras, relembrando que até há pouco tempo muitos deles
contavam com a expectativa de se tornarem pescadores, coletores de
ostras, mariscos ou caranguejos ou vendedores de plantas ornamentais da
região.
Ainda
segundo Ana Paula Verly, no texto acima citado, o ideal da FIP é “criar
um sonho, fazendo com que os alunos pensem em uma profissão, senão
ficam sem objetivo”. Muitos chegam ao Ensino Médio, com 17 e 18 anos,
mas ainda imaturos. O objetivo – acrescenta Ana Paula – é começar o
trabalho ainda no 5º ano e ir preparando os alunos até que cheguem ao
Ensino Médio.
Se
o entusiasmo foi contagiante, segundo depoimento dos gestores da escola
municipal, o mesmo também aconteceu em relação do diretor do colégio.
Conforme
publicado no site www.conexaoaluno.rj.gov.br, o diretor Antonio Carlos
Tavares, do Colégio Professor Vieira Fazenda, mostrou-se
profissionalmente realizado com os ótimos resultados da FIP. Antonio
Carlos classificou como sensacional, as equipes participantes da Feira,
citando, por exemplo, as experiências práticas desenvolvidas por uma
professora do Colégio Miécimo, ensinando aos alunos como preparar um
xampu de maracujá. Além da participação do Colégio Estadual Erich Walter
Heine, localizado no bairro de Santa Cruz, que oferece ensino
profissionalizante em parceria com a Companhia Siderúrgica do Atlântico.
Os
ótimos resultados da 1ª Feira de Informação Profissional, que aconteceu
no dia 18 de outubro de 2012, nas instalações da Escola Municipal
Professor Vieira Fazenda mostram que é possível, sim, o bom
entendimento, a parceria e a sintonia de propósitos, entre gestores,
professores, funcionários e alunos de unidades escolares que funcionam
simultaneamente, em horários diferenciados, sob a responsabilidade
administrativa do Município ou do Estado.
O
entusiasmo de todos é muito gratificante e, para 2013, já se pretende a
realização ampliada da 2ª Feira de Informação Profissional da Escola
Municipal e do Colégio Estadual Professor Vieira Fazenda.
0 comentários:
Sua opinião sobre o assunto e seus comentários são importantes para o aperfeiçoamento de nosso trabalho e a perfeita visão do que acontece em nossa Zona Oeste.