O Traficante foi enterrado no Jardim da Saudade em Paciência, lugar nobre que tem a aparência dos jardins europeus. |
O
traficante Márcio José Sabino Pereira, o Matemático, foi enterrado às
10h45 deste domingo (13) no Cemitério Jardim da Saudade de Paciência, na
Zona Oeste do Rio, segundo a administração do cemitério. O Jardim da
Saudade, lembra os jardins europeus e uma urna pode custar em torno de
R$ 4.000,00, fora as despesas de funeral que pode chegar a R$ 5.800,00,
privilégio de poucos.
Matemático foi encontrado morto a tiros dentro de um carro no início da manhã de sábado (12 de maio), próximo ao antigo viaduto de Bangu, também na Zona Oeste.
Ele
foi morto numa operação policial que envolveu as polícias Civil,
Militar e Federal, que há cinco meses preparavam a operação, que começou
na noite de sexta-feira (12). Os tiros que alvejaram Matemático foram disparados de um helicóptero, segundo conformou o subchefe operacional da Polícia Civil, Fernando Veloso.
A Polícia Militar ocupou por
tempo indeterminado as favelas da Zona Oeste que eram dominadas por
Matemático para continuar a desarticular da quadrilha que era comandada
pelo traficante.
'Não é um troféu', diz Beltrame
Na manhã de sábado, o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, disse que a morte do traficante não é um troféu nem um emblema.
“Não
vejo com tanta importância essa morte. É um trabalho que a polícia já
vem fazendo. O mais importante é retirar essas pessoas de circulação com
a prisão delas e a retomada do território. Já prendemos muita gente e
não vejo essa morte como um troféu ou um emblema”, disse Beltrame.
Mais procurado
Apontado
como chefe do tráfico nas favelas Coreia e Taquaral, em Senador Camará,
e Vila Aliança, em Bangu, Matemático era um dos traficantes mais
procurados pela polícia. Recentemente o Disque-Denúncia aumentou a
recompensa por informações que levassem à prisão dele de R$ 3 mil para
R$ 10 mil. Ele era investigado em 26 inquéritos, tem 15 mandados de
prisão pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e
formação de quadrilha.
Matemático
estaria tentando invadir Vila Kennedy, comunidade de Bangu, para
controlar o tráfico de drogas, nas mãos de Fabinho Noronha. Ele era
suspeito de atuar em comunidades vizinhas à Vila Kennedy como Coreia,
Rebu e Vila Aliança.
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