Espaço modelo para acolher moradores de rua e tratar usuários de drogas conta com 422 vagas
- Nesse espaço queremos que as pessoas
reconstruam suas vidas e voltem a ter esperança. O ambiente é agradável e
bem estruturado, com diversas atividades, o que facilita a permanência
do adulto aqui. Não adianta recolher das ruas e não dar alternativas
para que elas se recuperem e mudem de patamar. Temos que facilitar a
transformação na vida dessas pessoas, acolhendo, tratando, identificando
o seu drama e encontrando soluções – ressaltou.
Além das
atividades multidisciplinares, os usuários de drogas receberão apoio de
grupos de convivência, psicólogos, assistentes sociais, e serão
encaminhados para tratamento ambulatorial contra a dependência.
A Unidade Municipal de Reinserção
Social vai promover ainda o acesso amplo de seus usuários aos serviços e
programas que integram as políticas públicas de saúde, educação,
previdência, assistência social, moradia, segurança, cultura, esporte,
lazer, trabalho e renda do município.
O secretário municipal de Assistência Social, Rodrigo Bethlem, explicou como será o funcionamento da nova unidade:
-
Uma das coisas que teremos aqui é o tratamento de álcool e drogas que a
Secretaria de Saúde está montando. Também faremos com essas pessoas um
trabalho de profissionalização, retirada dos documentos, atividades
esportivas e lúdicas, alfabetização com o intuito de fazer com que esse
cidadão permaneça aqui e comece de fato um trabalho de reinserção
social. O adulto não pode ser forçado a ficar no abrigo, por isso, nossa
ideia é melhorar a qualidade desses espaços para que eles se
transformem em um lugar atraente, confortável, para que as pessoas
voltem a ter uma vida com dignidade – afirmou.
O prédio tem ainda 12 banheiros,
ambulatório, cozinha, refeitório, sala de TV, sala de atendimento social
e área administrativa. As instalações contam com acessibilidade e
também foram adaptadas para portadores de necessidades especiais. As
equipes que trabalham no local são formadas por assistentes sociais,
educadores, psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos, professores de
educação física, enfermeira e nutricionista.
- Entrei
no mundo do crack com 21 anos. Sou formado em técnico de informática,
tinha um bom emprego fixo, mas gastava todo o meu dinheiro com a droga e
fui me afundando cada vez mais, sem conseguir sair. Com a ajuda da
prefeitura estou aqui hoje, recebendo o atendimento necessário, me
tratando, me recuperando e muito feliz. Trabalho aqui como auxiliar no
laboratório de informática e espero não mais sair dessa unidade. Quero
continuar me tratando e ajudando outras pessoas para que mudem de vida
assim como o que está acontecendo comigo – disse o rapaz, agradecendo
pela oportunidade. Por meio de parceria com as secretarias e
órgãos municipais será possível, por exemplo, tirar a Carteira de
Trabalho e regularizar outros documentos. Já os usuários migrantes de
outros estados poderão participar do programa “De Volta à Terra Natal”,
que viabiliza o retorno à cidade de origem.
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