No segundo volume de "O Velho Oeste Carioca", André Luis Mansur
continua a contar mais histórias do passado da região da cidade do Rio
de Janeiro que vai de Deodoro a Sepetiba. Desta vez, mescla a pesquisa
documental com a tradição oral dos moradores, que falam, com saudade,
dos bondes que iam de Campo Grande a Guaratiba e ao Rio da Prata, do
ramal de Mangaratiba com seu trem "macaquinho", dos muitos cinemas que
desapareceram, da época em que as praias de Pedra de Guaratiba e
Sepetiba eram limpas e do modo de vida rural que prevaleceu na região
até há algumas décadas, quando os agricultores recebiam o dinheiro das
colheitas no Café e Bar do Lavrador e promoviam todo ano a eleição da
Rainha da Lavoura.
Mansur fala do pioneirismo de Realengo e do Campo dos Afonsos
na aviação mundial, com projetos observados de perto por Santos Dumont,
do estilo de vida dos imperadores D. Pedro I e D. Pedro II na Fazenda de
Santa Cruz, do Polígono de Tiro da Marambaia, um pouco da história do
Grumari, dos clubes de futebol, além de muitas curiosidades, como o
possível plano de fuga de Tiradentes por Campo Grande e as passagens de
duas grandes mulheres pela região no século XIX.Uma iniciativa das mais importantes é lembrada pelo autor, o Teatro Rural do Estudante, surgido nos anos 50 e que gerou nomes importantes da dramaturgia brasileira, como o ator Rogério Fróes, e deu origem ao projeto das Lonas Culturais, hoje uma das poucas formas de manifestação cultural da região que merece alguma atenção do poder público.
0 comentários:
Sua opinião sobre o assunto e seus comentários são importantes para o aperfeiçoamento de nosso trabalho e a perfeita visão do que acontece em nossa Zona Oeste.