quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Secretaria do Ambiente e INEA realizam reunião de prestação de contas sobre a a ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) em Santa Cruz

 
No dia 20 de Setembro, o Secretário Estadual do Ambiente, Carlos Minc, e a presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos, promoveram em Santa Cruz, na Zona Oeste, uma reunião de prestação de contas sobre a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) com entidades representativas de moradores, pescadores e dos próprios trabalhadores da empresa.

Cerca de 300 pessoas praticamente lotaram o pátio do Colégio Estadual Erich Walter Heiner, que fica próxima à CSA, no conjunto habitacional João XXIII. Os participantes da mesa, composta, entre outros, por Minc, Marilene e o coordenador de Saúde Ambiental da SEA, Luiz Roberto Tenório, apresentaram então as medidas adotadas pelo governo em relação aos problemas causados pela siderúrgica na região.
Foram ouvidas também opiniões e críticas de moradores, pescadores e trabalhadores. No total, 22 pessoas se inscreveram para fazer perguntas e questionamentos. O secretário reiterou que a companhia não terá sua licença de operação definitiva enquanto não cumprir todas as exigências ambientais e corrigir os problemas que vem causando à população do entorno decorrentes de sua operação.

“A nossa expectativa é assinar, até o final deste mês, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a CSA, em que constará, com prazos estipulados, investimentos e as melhorias que a companhia terá de realizar”, disse o secretário do Ambiente.

Minc ressaltou que voltará a se reunir outras vezes com entidades representativas de moradores, pescadores e de trabalhadores de Santa Cruz com o objetivo de ouvi-los e de apresentar tudo o que está sendo feito. “Queremos dar total transparência ao que está sendo definido junto à população e aos trabalhadores da CSA”, acrescentou.

Dentre as medidas adotadas pelo Governo do Estado, está a realização de duas auditorias, uma industrial – iniciada pela Usiminas e agora sob o comando de uma conceituada empresa canadense – e outra de saúde, com o objetivo de identificar as patologias que estão eventualmente afetando a população devido à operação da siderúrgica – realizada pela Fundacentro, do Ministério do Trabalho, e por profissionais e pesquisadores da UERJ, UFRJ, Fiocruz e secretarias estadual e municipal de Saúde.

“Essas auditorias estão em andamento e deverão obrigatoriamente ser concluídas até o final do ano. O resultado dessas auditorias será apresentado aqui, para as entidades representativas. Tudo será feito com o conhecimento de vocês. Estamos dando duro nas empresas e não será diferente com a CSA”, afirmou o secretário.

A presidente do Inea, Marilene Ramos, falou dos problemas causados devido à operação da CSA no caso da emissão da fuligem. Segundo ela, além das três estações para o monitoramento da qualidade do ar instaladas pela siderúrgica – obrigação imposta à companhia –, o Inea já instalou duas estações que medem as partículas inaláveis, para checar as condições de saúde da população. Marilene afirmou ainda que uma terceira estação será instalada em Santa Cruz.
Segundo Marilene, a emissão de fuligem ocorre quando a gusa não é aproveitada pela acearia. Quando isto ocorre, deveria ir para uma máquina lingotadeira, que, no entanto, apresentou problemas nos testes. Em função disso, acaba despejada em poço de emergência, que não conta com equipamento de controle.

“A companhia vai instalar sistemas de exaustão e filtro, acabando com o problema da emissão de tanta fuligem”, explicou ela, em resposta à queixa da presença de fuligem nas casas e de problemas respiratórios em moradores.

Outra reclamação de moradores foi em relação a enchentes causadas pelo transbordamento do Canal de São Fernando. O subsecretário do Ambiente Luiz Firmino ressaltou que está em curso obra de separação da rede de esgotamento sanitário da rede de água pluvial. A iniciativa, no valor de R$ 1, 5 milhão, foi garantida como parte de R$ 14 milhões advindos de compensação indenizatória paga pela CSA, por decisão da SEA. “Também será feita a drenagem do canal, cujo projeto já está pronto”, completou Firmino.

Ao todo, o encontro durou três horas e meia. Ao final da reunião, um representante do Conselho Distrital de Saúde, o morador de Santa Cruz Getúlio Gomes da Rocha entregou um documento com queixas e reclamações de moradores, inclusive relacionada à piora do trânsito na região desde a instalação da CSA.

Participaram, entre outros, representantes das seguintes entidades: da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) da CSA; da Associação de Moradores de Jardim Palmares; do Sindicado Estadual dos Profissionais de Educação (SEPE); da Associação de Pescadores do Rio São Francisco; da Associação de Moradores de São Fernando; do Conselho Distrital de Saúde; da Associação de Pescadores dos Rios; da Federação das Associações de Moradores do Rio de Janeiro, Portal Santa Cruz Tudo de Bom, dentre outros.
A reunião começou tensa, por causa de grupo de 50 pessoas que chegou em um ônibus fretado. Os manifestantes tentaram tumultuar o encontro, com parte deles subindo junto à mesa onde estavam Minc e Marilene, entre outros, portando cartazes e apitos. A palavra foi dada para perguntas desse grupo. Quatro dos manifestantes fizeram questionamentos. Depois, deixaram o local sem ouvir as respostas das autoridades presentes.


 
 No momento  mais quente das discuções líderes comunitários e representantes das comunidades da Reta do João XXIII, fizeram discursos inflamados em repúdio ao clima de desordem feita pelos manifestantes, que segundo os mesmos não eram em sua maioria moradores da região e sim representante de sindicatos, de grupos políticos, e o que os mesmos não represntariam a maioria dos moradores da Região.

Após longas discussões e a desistência dos manifestantes a reunião continuou e foram apresentados slides sobre as medidas tomadas pela empresa e a secretaria do Ambiente.
 
"Por fim, o Portal Santa Cruz Tudo de Bom firmou o compromisso entre os presente de entrevistar os moradores, líderes comunitários, e representantes legais dos moradores da região a fim de elucidar as dúvidas da polulação e levar as informações oficias sobre o que esta sendo feito tanto pela empresa como pela secretaria do Amniente e INEA, vamos ouvir a todos de forma democrática e levar a verdade aos nossos leitores.  


Carlos Roberto, Diretor Geral e de Comunicação do Portal Santa Cruz Tudo de Bom."






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