sábado, 20 de agosto de 2011

Coluna Amigo Bicho do Portal Santa Cruz Tudo de Bom, fala sobre a Catarata

 

O mundo moderno nos exige muito empenho e o tempo acaba sendo curto para resolver os problemas do trabalho, participar de todas as reuniões de negócios e cumprir os compromissos diários. E não seria diferente no ambiente doméstico. A correria é tanta que as horas dedicadas ao seu pet acabam sendo o suficiente apenas para uma “festinha”, pôr água e comida e pronto. Se tiver sorte, sobra tempo para um passeio rápido para fazer as necessidades e “cheirar” algum amiguinho, mas tudo muito rápido!

Por isso, é bastante comum o dono chegar um dia em casa e observar uma mancha branca nos olhos do cãozinho. “Mas isso foi hoje?” “Ontem não estava assim!” “Ou será que estava?”

É. Provavelmente sim. Este pet pode estar sofrendo de catarata. Confirmado o diagnóstico, surgem as dúvidas: “Como?” “Catarata?” “Isso dá em animal?” “Pensei que fosse coisa de velho, ele só tem 1 aninho...” Ou então: “Meu cachorro não é diabético, como pode ter catarata?”

Sim, a catarata é uma doença ocular que afeta a lente do olho (esta lente chama-se cristalino), deixando-a “esbranquiçada” e conforme a evolução pode ficar toda branca, impedindo a visão do animal. Por isso é comum o proprietário queixar-se que o seu companheiro está cego. Algumas vezes, a capacidade de enxergar está intacta, o que ocorre é que o cristalino, que deveria ser transparente, torna-se opaco, obstruindo a visão.

A catarata não é uma “doença de velho”. Ela pode ocorrer em diversas faixas etárias e por isso recebe uma classificação: Ela pode ser congênita, notada nos primeiros dias de vida; juvenil, observada em animais com até 2 anos; catarata adulta, em cães de 2 a 6 anos; e a senil, como o próprio nome já diz, acomete cães idosos.

Outro ponto fundamental é determinar a causa da opacificação da lente. Ao pensar em catarata, é quase automático para alguns, lembrarem da diabete. Acontece que a catarata pode ocorrer devido a vários fatores, como inflamações intra-oculares, medicamentos, traumas, a própria diabetes e principalmente herança genética. Uma vez descoberta a causa, esta quando possível, deve ser tratada, assim como as enfermidades secundárias (uveíte e glaucoma, por exemplo).

Por isso, logo que se confirme o diagnóstico, é importante monitorar o paciente, para avaliação das outras estruturas e principalmente da pressão intra-ocular.

Já para a catarata em si, não existe terapia medicamentosa, ou seja, não há colírio que resolva! O tratamento é cirúrgico.

Atualmente existem vários especialistas capacitados que podem esclarecer sobre a cirurgia e dar as informações necessárias sobre o procedimento.

Não existe prevenção da catarata, mas é certo que quanto mais precoce for o diagnóstico, melhor.

Por isso, você que ama seu amiguinho de quatro patas, dedique alguns minutos do seu pouco tempo, não só para cumprir a sua obrigação, mas para enxergá-lo realmente. Assim, qualquer sinal de anormalidade será facilmente identificado e mais rápida será a resolução do problema e melhor será a qualidade de vida.

Abraços e até a próxima!

Carla Diele

CRMV-RJ 6165
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