sábado, 11 de maio de 2013

Presidente da OAB-RJ critica operação da Polícia Civil na Favela do Rola e promete cobrar explicações de Beltrame


Os policiais trocam o corpo de lugar
Os policiais trocam o corpo de lugar
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ), Felipe Santa Cruz, se disse estarrecido com o vídeo que mostra policiais civis forjando um auto de resistência na Favela do Rola, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, durante uma operação realizada no dia 16 de agosto de 2012. O advogado prometeu que o órgão irá cobrar explicações do Secretário estadual de Segurança, Mariano Beltrame.
- Fomos todos surpreendidos por essas gravações, eu recebi várias ligações durante todo o dia. Fiquei estarrecido. A gente acredite que as pessoas que comandam a segurança no Rio, tanto o secretário Beltrame quanto a Martha Rocha (chefe da Polícia Civil), são comprometidas e bem intencionadas, e que desejam modernizar a polícia. Mas, independentemente disso, é preciso dar uma resposta à sociedade a respeito destas imagens - afirmou Felipe Santa Cruz.

O presidente da OAB-RJ, Felipe Santa Cruz, no dia que foi eleito, em novembro de 2012
O presidente da OAB-RJ, Felipe Santa Cruz, no dia que foi eleito, em novembro de 2012 
O advogado se declarou a favor da política de pacificação que vem sendo implementada no estado. Mas ressaltou, contudo, que é preciso que ela venha acompanhada de uma mudança de mentalidade da polícia.
- Esse momento não pode se perder por uma inadequação da estrutura policial. É preciso enfrentar uma chaga do Rio de Janeiro: uma polícia em boa parte despreparada e violenta.
Segundo Felipe Santa Cruz, a OAB-RJ vai lançar em breve uma campanha contra a banalização dos autos de resistência. Batizada de “Desaparecidas da Democracia”, a iniciativa deve ganhar sinal verde já em junho.
- Ela seria lançada em agosto, mas com essa situação decidimos antecipar. Faremos uma reunião sobre o assunto na segunda-feira (13) - disse o advogado, acrescentando: - Temos informações de que há policiais que mataram mais de 25 pessoas em autos de resistência. Em qualquer lugar do mundo, ele seria considerado um serial killer.

Fonte: Jornal Extra

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