Dizemos que a mentira tem pernas curtas porque sabemos que ela não
costuma ir muito longe. Cedo ou tarde, ela cambaleia, tropeça e acaba
sendo alcançada pela verdade. Isso acontece por, pelo menos, dois
motivos: primeiro, porque quando mentimos fazemos mais esforço do que
quando dizemos a verdade, em função do dilema moral envolvido na
questão, ainda que inconsciente. Segundo porque, quando precisa ser
repetida, a mentira perde força, sendo contaminada por fragmentos da
verdade ou por outra mentira, pois sua base não é a realidade, e sim a
ficção.
Mentir significa “inventar” uma verdade que não existe, e não
“relatar” a verdade como ela é. A mentira começa com a pessoa, a
verdade é anterior a ela. Quando mentimos criamos uma realidade que
não se baseia em nenhum outro fato, a não ser nossa própria
criatividade, o que não é suficiente para sustentar o que foi dito,
caso o assunto não se esgote rapidamente. O candidato a emprego que
mente sobre sua experiência e qualificações será desmascarado pela
inconsistência do currículo ou pela incapacidade de atender às
expectativas que criou. E por aí vai. Fatos que demonstram o
insustentável peso da mentira podem ser colhidos aos montes na
história de vida de quase todas as pessoas – de adolescentes a
presidentes da república.
Mas, afinal, por que mentimos, se todos sabemos que existe a
chance de sermos desmascarados mais cedo ou mais tarde? Que força é
essa que nos impele a não sermos sempre fiéis aos fatos? Há mentiras
justificadas ou não? A verdade, doa a quem doer, sempre é a melhor
opção?
Por que mentimos?
Essas são questões da ética humana que interessam a várias correntes
do pensamento. A psicologia explica a mentira pelo mecanismo de
defesa, a sociologia pela busca do poder, a filosofia pela imperfeição
humana e a religião pela compulsão ao pecado. As explicações,
entretanto, quase nunca justificam a mentira ou desculpam o mentiroso.
Na primeira semana do ano de 2011, Agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca)
informaram, a mídia que o meio-campo Somália, do Botafogo,
mentiu sobre ter sido sequestrado por bandidos, há dois dias, na Barra
da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O jogador será notificado por falsa
comunicação de crime, delito que tem pena de detenção entre um e seis
meses.
De acordo com a polícia, Somália teria
chegado em casa, no dia da apresentação, por volta de 4h. Como sabia que
chegaria atrasado à reapresentação do time do Botafogo no Engenhão, o
meia teria mentido sobre o sequestro.
Os agentes acabaram com a mentira após
análise das imagens das câmeras do circuito interno dos elevadores do
prédio onde o jogador mora, na Avenida Lucio Costa, na Barra da Tijuca.
Os policiais descobriram que, por volta de 4h, o jogador entrou em um
dos elevadores com um cordão de ouro, um relógio e uma mochila,
pertences que ele havia declarado como roubados pelos bandidos por volta
de 7h. Às 9h07, quando deixou a residência para ir à delegacia, o
jogador já não usava mais os acessórios.
Por isso que o dito popular "mentira tem pernas curtas", deve estar sempre em nossa mente juntamente com outro dito popular a "verdade pode demorar mais sempre aparece".
Por isso que o dito popular "mentira tem pernas curtas", deve estar sempre em nossa mente juntamente com outro dito popular a "verdade pode demorar mais sempre aparece".
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