Deixa de ser Mané! Este é o apelo da campanha que o Rio Como Vamos
está lançando para estimular a adoção de atitudes cidadãs simples, mas
fundamentais para o bem estar da cidade, como não jogar lixo nas ruas ou
nas praias, recolher o cocô do cachorro da calçada, deixar os
cruzamentos livres, não exagerar com a buzina do carro e só estacionar
em locais permitidos. A proposta é, de forma leve e bem-humorada,
convencer o carioca de que todos lucram quando as pessoas fazem a coisa
certa e que degradar a cidade ou tentar se dar bem em cima dos outros é
coisa de Mané, porque ele mesmo acabará pagando o preço. Desenvolvida
pela DPZRio10 - braço de negócios da agência DPZ voltado para ações
relacionadas à década de eventos que o Rio terá pela frente - a campanha
está com todo o planejamento pronto, à espera de parceiros para que
possa ganhar as ruas nos primeiros meses do ano que vem.
- A campanha se apoia na ideia de que cada um de nós tem uma
contribuição a dar para a cidade. É preciso quebrar o paradigma do nós e
ele, o governo, pois nenhum governo, por melhor que seja, funciona
plenamente sem a participação da população. A DPZ acolheu nosso projeto
de melhoria da qualidade de vida no Rio - destaca Rosiska Darcy de
Oliveira, presidente executiva do Rio Como Vamos, acrescentando que,
mais no que uma campanha, espera-se que o "Deixa de ser Mané!" se torne
um movimento de cultura cidadã e de defesa da cidade.
Oficialmente apresentada em evento na sede da DPZ no dia 7 de
dezembro, a campanha tem como figura principal o Mané, um sujeitinho
azul com um sorriso sarcástico e um sorvete esparramado na cabeça, prova
de que as bobagens que faz se revertem contra ele. O Mané fecha o
cruzamento; sai para passear com o cachorro e não limpa o cocô da
calçada; dirige pela contramão para ganhar tempo; joga guimba de cigarro
na calçada; fura fila; atende o celular no cinema; deixa lixo na praia;
buzina a toda hora e sem motivo; anda pelo acostamento para fugir do
engarrafamento; estaciona o carro sobre calçadas, canteiros, vagas para
deficientes e idoso. E o custo dessas ações acaba sendo pago por todos
os cariocas, inclusive por ele, o Mané: engarrafamentos intermináveis,
porque o trânsito não avança do cruzamento; a prefeitura gastando para
varrer até seis vezes por dia uma rua como a Avenida Rio Branco, quando
poderia estar investindo aquele dinheiro em projetos que beneficiassem
os moradores; pessoas estressadas pelo barulho excessivo da cidade;
idosos, mulheres com carrinhos de bebês tendo que se arriscar andando na
rua porque as calçadas estão obstruídas.
O planejamento prevê o uso de mobiliário urbano, TV, cartazes,
outdoor, busdoor, faixas puxadas por aviões, latinha de cerveja, palito
de picolé, entre outros. Até o coco, que chegou a ser apontado como o
vilão da sujeira das praias no último verão e sofreu uma ameaça de ser
proibido na orla, poderá virar peça para estimular o carioca a não ser
Mané. Pela internet, os cariocas que não forem Manés poderão interagir
enviando vídeos e fotos dos Manés legítimos. A ideia é de que a campanha
esteja a todo vapor já no carnaval, quando terá como alvo um Mané muito
comum nos dias de folia: aquele que faz xixi nas ruas.
Fonte: Rio Como Vamos
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